CSP-Conlutas propõe Greve Geral em Defesa da Vida dos Trabalhadores SVG: calendario Publicada em 24/03/20 17h05m
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Central sindical e popular defende quarentena e estabilidade no emprego

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Na última segunda-feira, 23, a Medida Provisória (MP) 927, aprovada por Bolsonaro, causou revolta e indignação na classe trabalhadora e em suas entidades representativas. Tamanha foi a pressão que o presidente voltou atrás poucas horas após anunciar a medida, revogando o trecho do texto que permitia suspensão de contratos e salários por quatro meses. Muitos comemoraram e, de fato, esse recuo do governo foi uma resposta à reação dos trabalhadores. Contudo, para Luiz Carlos Prates (Mancha), da CSP-Conlutas, é preciso revogar a MP como um todo e construir uma Greve Geral em Defesa da Vida dos Trabalhadores. 

“A MP 927 está em linha com a posição dos capitalistas no mundo inteiro, que é a de descarregar o peso da pandemia e da crise econômica nas costas dos trabalhadores. Essa medida flexibiliza as relações de trabalho e dá dinheiro às grandes empresas, em meio a essa que é a maior crise pela qual o capitalismo atravessa nas últimas décadas. Por isso devemos ser pela rejeição total da MP, em todos seus aspectos, porque pressupõe flexibilização total para atender os interesses dos capitalistas que jogam contra o povo mais pobre as duras consequências dessa situação”, apontou o dirigente.

A saída para proteger a vida dos trabalhadores e de suas famílias não viria, para Mancha, a partir de pactos com o empresariado. “Isso porque eles oferecem uma saída oposta a que buscamos. Precisamos apresentar uma saída dos trabalhadores, porque essas pessoas têm alguma esperança de que serão defendidos”, ponderou.

Dentre outros pontos graves da MP, e que não foram revogados, estão a anulação do papel das centrais e dos sindicatos nos processos de negociação, ampliando a possibilidade de acordos individuais e ainda mais precarizados; a antecipação de férias com pagamento posterior; a prorrogação por até 180 dias do banco de horas; antecipação de feriados e aumento da jornada dos trabalhadores da saúde. Além disso, a MP desconsidera a infecção do trabalhador por Covid-19 como acidente de trabalho.

Quarentena geral já

A CSP-Conlutas defende a paralisação da produção para proteger a vida dos trabalhadores, com exceção daqueles envolvidos em serviços essenciais ao combate do coronavírus (saúde, higiene e alimentação) e a Greve Geral em Defesa da Vida, cujas reivindicações seriam a estabilidade no emprego, nenhuma demissão, recurso para desempregados, subsídio para pequenas empresas, proteção aos mais pobres, aos movimentos populares e aos sem teto. 

A defesa da CSP-Conlutas de uma quarentena com total preservação de direitos para os trabalhadores é respaldada pelas recentes pesquisas de opinião pública que apontam o apoio da população a medidas de restrição de contato. Segundo o Datafolha, 73% da população apoia medidas de restrição como a quarentena de 15 dias. A mesma pesquisa apontou que 74% da população tem medo de ser infectada pelo Covid-19, sendo que 36% disseram ter muito medo e 38% disseram ter um pouco de medo.

“Aqui no Brasil, os trabalhadores de telemarketing, que não são responsáveis por nenhuma produção ou serviço essencial, estão em luta, mobilizados para que sejam liberados para quarentena. Em São José dos Campos, os metalúrgicos de muitas fábricas aderiram ao decreto de Greve Geral e esperam que as centrais façam o mesmo no país inteiro. Não podemos ver tudo isso e ficar na posição de somente assistir a uma situação dessas. É preciso parar o país, é preciso que o pessoal não saia de casa, com exceção dos que trabalham no setor essencial de combate à pandemia”, complementou Mancha”, defendeu Mancha.

Reunião com centrais

Na última segunda, 23, a CSP-Conlutas participou de reunião com as demais centrais sindicais para propor caminhos. As centrais repudiaram a MP 927, denunciando que se trata de uma ação de benefício ao empresariado, com exigências antes já encaminhadas ao governo pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

A partir deste encontro foi elaborado um documento que não levou a assinatura da CSP-Conlutas, pois a central avaliou que o texto deposita toda sua confiança no Congresso e propõe um grande pacto nacional com o empresariado. “A CSP Conlutas defende uma saída classista e dos trabalhadores e, por isso, não assina o documento”, diz a entidade, e complementa: “Estamos dispostos a apresentar proposta do movimento sindical em defesa dos trabalhadores. Seguiremos nesta luta, contra a retirada de direitos e pela defesa da vida da classe trabalhadora”.

 

Fonte e foto: CSP-Conlutas

Edição: Bruna Homrich

Assessoria de Imprensa da Sedufsm


 

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