Reajuste salarial dos professores não atende o Piso
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Projeto enviado à Assembleia tem caráter de urgência
O governo estadual encaminhou à Assembleia Legislativa na última terça-feira, 7, projeto de lei com proposta de reajuste salarial aos professores e funcionários da educação no estado. A proposta é de reajuste de 23,5% em três parcelas, valor que não representa as reivindicações do Cpers Sindicato – que cobra do governador Tarso Genro o pagamento do piso nacional. Segundo o secretário de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta, a proposta do governo trabalha com a premissa de não ultrapassar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O caráter emergencial cobrado pelo governador representa a apreciação em, no máximo, 30 dias, sem passar pelas comissões.
Em nota oficial, divulgada no site do Cpers, a direção do sindicato critica a postura do governo tanto no método adotado para apresentar a pauta, quanto no próprio conteúdo do projeto. “O governo Tarso comete dois crimes: um contra a categoria, que foi iludida e enganada com a promessa do pagamento do piso salarial; e outro contra a democracia, pois mesmo que a primeira parcela de sua proposta seja para o distante mês de maio, coloca em regime de urgência para tentar impedir o debate e a apreciação da categoria”, aponta a direção do sindicato.
O envio da pauta à Assembleia fez com que o Cpers reorganizasse sua agenda de atividades. Dessa forma, a assembleia geral inicialmente programada para o dia 9 de março, foi antecipada para o dia 2 do mesmo mês, às 14h, na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Antes disso, a categoria trabalhará em turno reduzido em 27 de fevereiro, primeiro dia do ano letivo. O objetivo, segundo nota no site do Cpers, é “denunciar à comunidade escolar o desrespeito do governo para com a categoria e a educação pública do estado”. No dia 29 devem ser realizadas assembleias regionais. O Sindicato também entrará em contato com os parlamentares gaúchos, pedindo que não votem o projeto até ocorrer o efetivo diálogo entre governo e categoria. Em defesa da implementação do piso, o Cpers participará de paralisação nacional nos dias 12, 13 e 14 de março.
Fonte: Jornal do Comércio e Cpers Sindicato
Foto: Ramiro Furquim/ Sul 21
Edição: Rafael Balbueno (SEDUFSM)