Grécia aprova plano de austeridade e população sai às ruas
Publicada em
13/02/12 15h33m
Atualizada em
13/02/12 15h34m
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Arrocho de R$3,3 bilhões exigirá reduções de salários e demissões
Com a contrariedade da população, o parlamento grego aprovou novo plano econômico que traça medidas de austeridade para o país, prevendo um arrocho de R$ 3,3 bilhões de euros nas contas públicas e que será obtido através de corte de pensões, reduções de salários e demissões. O pacote, votado na madrugada desta segunda-feira, 13, recebeu 200 votos a favor e 74 contra e impulsionou, por toda Grécia, protestos e violentas manifestações, que terminaram com várias pessoas feridas e, pelo menos, 130 detidas.
Os confrontos envolveram bombas de gás lacrimogêneo, lançadas pelos policiais contra os populares que, por sua vez, jogavam pedras e coquetéis molotov. Estima-se que 45 construções tenham sido incendiadas em Atenas, incluindo prédios históricos, cinemas, cafés e bancos estrangeiros.
O grupo conhecido como Troika – composto pelo Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu – condicionou a transferência de um segundo resgate financeiro, no valor de R$ 130 bilhões de euros, à aprovação do pacote de austeridade. Caso a medida não fosse aprovada, o país correria o risco de sair da Zona do Euro.A ajuda financeira que a Grécia irá receber, no entanto, será destinada ao pagamento de juros de sua dívida pública. O país precisará receber esse montante até o dia 20 de março para saldar uma parcela de 14,5 bilhões de euros.
A aprovação do plano econômico não obteve completo apoio político, já que, além do pequeno bloco de esquerda votar contra, os representantes da extrema-direita abstiveram-se e representantes de dois partidos majoritários – Pasok e Nova Democracia – também deram votos contrários.
Após a votação, seis ministros e vice-ministros pediram demissão e o governo está refazendo o gabinete. O primeiro-ministro, Lucas Papademos, disse que eram apenas duas opções: “avançar com a Europa e a moeda única" ou levar o país à "miséria, à bancarrota, à marginalização e à exclusão do euro”.
Fontes: Portal Vermelho/Opera Mundi e O Globo
Foto: Opera Mundi
Edição: Bruna Homrich (estagiária) e Rafael Balbueno (SEDUFSM)