Força-tarefa liderada pela UFSM avança em exames da Covid-19 SVG: calendario Publicada em 03/06/20 11h22m
SVG: atualizacao Atualizada em 15/07/20 12h40m
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Primeiro mês de atuação conjunta entre universidade e Husm permitiu 960 exames moleculares

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Interpretação de dados e liberação de laudos

A UFSM está exercendo um papel importantíssimo no combate à Covid-19. A instituição comanda uma força-tarefa com seus pesquisadores e laboratórios, junto com o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), o que possibilitou, no primeiro mês de atuação, que fossem realizados 960 exames moleculares (RT-PCR). A iniciativa, que contou com um importante apoio do Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público Federal, permitiu a redução significativa no tempo de espera pelo resultado, que leva de 24 a 48 horas. 

O teste molecular, ao permitir a detecção do vírus no início da doença, torna-se fundamental para o rápido diagnóstico, isolamento dos casos e contatantes e início imediato do tratamento do paciente, já que nesta fase a carga viral é maior. “É o teste padrão ouro para diagnóstico de infecções por coronavírus. Possui alta especificidade e sensibilidade, se coletado entre o terceiro e o sétimo dia dos sintomas”, afirma o farmacêutico Elehu Moura de Oliveira, chefe do Setor de Apoio e Diagnóstico do Husm.  

Entre os dias 30 de abril e 31 de maio foram realizados 960 testes moleculares para SARS-CoV-2, sendo que 41 (4,27%) deram positivos e 919 (95,73%), negativos. Do total de exames, 170 foram de pacientes (16 positivos) e 790 de trabalhadores da saúde (25 positivos). “Estes exames realizados foram imprescindíveis para o diagnóstico de pacientes e trabalhadores da saúde, o que agiliza o isolamento, o tratamento e o retorno ao trabalho”, afirma Elehu. 

A prioridade para aplicação dos testes moleculares, conforme acordado pelo Conselho Estratégico de Santa Maria para o Enfrentamento à Covid-19, é para pacientes sintomáticos graves, pacientes sintomáticos leves e profissionais de saúde que atuam no combate ao novo coronavírus em instituições de saúde de Santa Maria e região. A capacidade foi estimada em 100 exames ao dia, podendo ser ampliada. Por enquanto, o trabalho transcorre conforme planejado. Houve um aumento na demanda na segunda e na terceira semana de aplicação. No momento, a demanda é menor que a capacidade diária.

Trabalho interdisciplinar

A iniciativa do trabalho conjunto na UFSM se destaca também pela interdisciplinaridade, envolvendo diferentes laboratórios da instituição. O professor Alexandre Vargas Schwarzbold, do Departamento de Clínica Médica do Centro de Ciências da Saúde (CCS), médico infectologista que chefia a Unidade de Pesquisa Clínica no Husm, trouxe do Conselho Estratégico da Covid-19 o chamamento da necessidade de testagem, ação que gerou a estruturação da força-tarefa, que mobilizou laboratórios que já trabalhavam com a técnica de RT-PCR em seus programas.

A participação de cada laboratório da UFSM foi essencial. O laboratório das professoras Marli Matiko Anraku de Campos e Priscila de Arruda Trindade, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, por exemplo, permitiu o acesso a um nível de biossegurança (NB-2) mais adequado à extração do material genético do vírus que não poderia ter sido obtido no Husm e em nenhum outro local da Universidade. 

Outro elo imprescindível desta cadeia é Laboratório de Virologia, do Centro de Ciências Rurais (CCR), que já trabalhava com a técnica de RT-PCR e se adaptou à demanda urgente causada pela epidemia. “Essa força-tarefa, com coordenação do (reitor) Burmann, foi essencial, na hora certa. Quando começaram os casos, não havia estrutura de diagnóstico montada, os diagnósticos eram enviados para o Lacen/RS, que foi ficando saturado, e demorava até 10, 12 dias para sair o resultado”, destaca o professor Eduardo Furtado Flores, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva do CCR. A iniciativa da UFSM, também adotada por outras universidades, vem dando conta de praticamente toda a demanda por exames moleculares, aliviando o Lacen/RS.   

Em toda esta cadeia, atuam professores, técnicos do Husm e da UFSM, pós-graduandos, estagiários, trabalhando em escalas diferentes. “Já se trabalhava com estas técnicas em vários locais da UFSM, havia expertise, só foi preciso articulá-las e estabelecer uma parceria nas ações”, comenta o professor Alexandre. No total, são cerca de 30 pessoas diretamente envolvidas nas diferentes etapas. O professor Eduardo destaca o empenho de todos os envolvidos, em especial de mestrandos e doutorandos, que deixaram seus afazeres para auxiliar no trabalho, sob a supervisão de técnicos e professores. “Toda esta força-tarefa é conduzida de forma voluntária, ninguém ganha nada a mais por isso. O que estamos conseguindo fazer neste momento é exemplo de esforço conjunto”, salienta. 

Leia a íntegra da reportagem aqui.

 

Fonte: Portal da UFSM e assessoria do Husm

Fotos: Portal da UFSM

Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

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