8º Conad extraordinário do ANDES-SN teve início de forma online nesta quinta SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 30/07/20 15h49m
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Evento debate a prorrogação do mandato da atual diretoria do Sindicato Nacional

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Na abertura do evento, foi lançada a revista 'Universidade e Sociedade', que tematiza o legado de Paulo Freire

Nesta quinta-feira, 30, teve início, pela manhã, o 8º Conselho do ANDES-SN (Conad) Extraordinário. O encontro debate a prorrogação do mandato da atual diretoria do Sindicato Nacional, gestão 2018-2020, e ocorre virtualmente, pela primeira vez, estendendo-se até a sexta, 31.

Diante do isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, foi suspenso pela Comissão Eleitoral Central (CEC) do ANDES-SN, em acordo com as chapas inscritas, o processo eleitoral que escolheria, em maio deste ano, a nova diretoria da entidade para o biênio 2020-2022.

De acordo com Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, o 8º Conad Extraordinário online se fez necessário por conta da excepcionalidade do momento atual. “A pandemia da Covid-19 tem ceifado milhares de vidas pelo mundo, desnudado a face mais cruel do capitalismo, que coloca o lucro acima da vida, e tem nos feito refletir sobre a nossa relação com a natureza e os desafios do mundo do trabalho com a tentativa do Capital de fazer avançar a agenda neoliberal”, disse.

Segundo Gonçalves, uma decisão precisou ser tomada diante da nova realidade e a realização de um Conad extraordinário online foi a escolha mais segura, transparente e de fácil acesso aos delegados, observadores e convidados para debater e referendar a prorrogação do mandato.

“Para chegar até aqui, estabelecemos um cronograma de ações, sempre em diálogo com a CEC, a Assessoria Jurídica Nacional (AJN), o conjunto da diretoria e representantes dos setores das Federais, Estaduais e Municipais, e os representantes das chapas que disputam a direção do ANDES-SN para buscarmos coletivamente uma alternativa para a manutenção do funcionamento do nosso Sindicato e da mobilização tão necessária, ainda mais nesse momento de pandemia, que buscamos superar com muita solidariedade de classe. O ANDES-SN e as seções sindicais têm contribuído muito nesse aspecto, assim como as nossas Instituições de Ensino Superior (IES) públicas. Fizemos inclusive uma campanha ‘O que alguns chamam de balbúrdia, nós chamamos de produção de Conhecimento Público’ para dar visibilidade a nossa luta e às nossas IES públicas no Brasil”, completou.

Ataques e resistência aumentam

Mauro Puerro, do Fórum Sindical, Popular e de Juventudes de Luta por Direitos e Liberdades Democráticas, trouxe dados assoladores da pandemia no país e apontou a necessidade de impulsionar a unidade da classe para enfrentar o governo de ultradireita e os ataques à classe trabalhadora.

“Já ultrapassamos mais de 90 mil mortos e, infelizmente, a tendência é o crescimento desse número em um governo genocida, que se aproveita da pandemia para atacar cada vez mais os setores menos favorecidos, os mais pobres, moradores das periferias, negros, indígenas, entre outros. Além disso, ataca os direitos e as liberdades democráticas que temos. Vários desses ataques à classe trabalhadora, inclusive, em acordo com a maioria do Congresso Nacional”, disse. Puerro avalia que se de um lado aumentaram os ataques, de outro existe uma forte resistência por parte dos trabalhadores, como a mobilizações dos metroviários de São Paulo e dos metalúrgicos no Paraná. E, ainda, a luta contra o racismo.

Segundo ele, o Fórum nasceu em 2019 como uma forma de combater a fragmentação do movimento sindical e popular no Brasil e aglutinar os setores classistas, buscando reorganizar a classe trabalhadora com independência e autonomia.

Altino Prazeres, da Secretaria Executiva Nacional (SEN) da CSP-Conlutas, destacou a importância de se ter uma central independente, combativa e de luta neste momento de diversos ataques ao conjunto dos trabalhadores. O dirigente ressaltou também a importância da resistência aos ataques desse último período. “A CSP-Conlutas é uma central democrática, independente, de luta e que ajuda a organizar diversos setores, desde professores universitários, trabalhadores de diversos setores, metalúrgicos, químicos, até movimentos populares. Cumprimos um papel importante neste período e a nossa ideia, agora, é fortalecer esse movimento, o processo de organização da CSP-Conlutas, verificar e corrigir os erros. Nós pressionamos as demais centrais para se manifestar em muitos momentos contra os governos. No dia 7 de agosto teremos manifestações pelo Fora Bolsonaro e Mourão’’, comentou.

Altino ressaltou que, além do governo federal, diversos governos estaduais têm atacado movimentos populares e sindicais, os direitos dos trabalhadores e o conjunto dos desempregados. “O Estado se aproveita do contexto de crise econômica e pandemia para atacar particularmente os servidores públicos e, em especial, os professores. De qualquer forma há resistência, luta e organização que se expressam com a mobilização dos trabalhadores de aplicativos, com a greve dos metalúrgicos da Renault, com os professores do país inteiro se colocando contra a volta do ensino presencial neste período de pandemia para não colocar as suas vidas e de seus estudantes em risco, a luta dos metroviários em São Paulo”.

Também compuseram a mesa da plenária de abertura Eblin Farage e Raquel Dias, secretária-geral e 1ª tesoureira do ANDES-SN, respectivamente. Em seguida, foi realizada a plenária de instalação, com aprovação do regimento, do cronograma e da pauta.  

Revista Universidade e Sociedade

A edição 66 da revista Universidade e Sociedade foi lançada durante o 8º Conad Extraordinário do ANDES-SN.  A publicação semestral traz como tema "O Legado de Paulo Freire para a Educação". Paulo Freire foi pedagogo, filósofo, um dos grandes nomes da educação mundial e influenciou o movimento chamado pedagogia crítica.

Luiz Henrique Blume, 1º vice-presidente da Regional Nordeste III do ANDES-SN e da editoria executiva da Universidade e Sociedade, afirma que mais de 30 contribuições foram enviadas a revista.  “A revista está com mais de 300 páginas e foi dedicada ao educador Paulo Freire, nosso mestre, nossa referência em educação libertadora no Brasil, na América Latina e no mundo”.

De acordo com Blume, o tema foi escolhido pela equipe editorial devido aos ataques a Paulo Freire liderados pelo presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. Ana Maria Estevão, 3ª vice-presidente do Sindicato Nacional e também da editoria executiva da revista, afirma que, por enquanto, a edição poderá ser acessada digitalmente, no site do ANDES-SN. Porém, exemplares serão impressos e serão entregues no próximo encontro presencial do ANDES-SN.

 

Fonte: ANDES-SN

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Edição: Bruna Homrich/Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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