Recessão pode chegar a nove países do bloco europeu
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Atualizada em
24/02/12 16h23m
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Grécia aprova operação de troca da dívida
Na última quinta-feira, 23, a Comissão Europeia divulgou a previsão de que ao menos nove países do bloco europeu devem cair em recessão este ano. Bélgica, Grécia, Espanha, Itália, Chipre, Holanda, Portugal, Eslovênia e Hungria são os países na iminência da recessão. O organismo alertou para a queda de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) dos 17 países que têm o euro como moeda. Também se prevê estagnação econômica para os demais países da União Europeia, além dos nove já citados.
Grécia e Portugal ilustram os casos mais preocupantes, para os quais os economistas prevêem quedas de 4,4% e 3,3%, respectivamente. Lembra-se, ainda, que esses países tiveram retrações de 6,8% e 1,5% em 2011. A economia da Alemanha, maior país do bloco, também é alvo de preocupações da Comissão. Em 2011 o paíz cresceu apenas 3%, sendo esperado, para esse ano, modestos 0,6%.
Contudo, o comissário de Assuntos Monetários, Olli Rehn, diz que o estresse nos mercados financeiros amenizou: “Embora o crescimento tenha deteriorado, nós ainda vimos sinais de estabilização na economia européia”.
Troca da dívida grega
Figurando como um dos casos mais preocupantes do bloco europeu, a Grécia tem se curvado às exigências de órgãos como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a União Europeia – grupo denominado Troika. Nesta sexta-feira, 24, o conselho de ministros do Parlamento grego deu início a uma gigantesca operação de troca da dívida. O objetivo é a redução da dívida grega, dos atuais 160% do PIB para 120,5% do PIB, em 2020. Para isso, está prevista uma redução de 53,5% dos títulos gregos nas mãos de bancos privados, seguradoras ou fundos de investimentos. A reestruturação da dívida será complementada com um crédito de € 130 bilhões em três anos, que se soma aos 110 bilhões concedidos pela Eurozona e pelo FMI em maio de 2010.
Na terça e quarta-feira que vem, o Parlamento deve aprovar, em caráter de urgência, dois projetos de lei exigidos pela Troika. Eles prevêem a redução dos salários e aposentadorias, além da reforma no sistema de saúde, que prevê a fusão de hospitais e a redução de gastos farmacêuticos. A população grega demonstra forte oposição a tais medidas.
Fontes: Sul 21 e Folha de São Paulo
Foto: Portal IG
Edição: Bruna Homrich (estagiária) e Rafael Balbueno (SEDUFSM)