UFSM divulgará cronograma de retorno gradual às atividades nesta quarta
Publicada em
10/11/20 17h43m
Atualizada em
10/11/20 18h22m
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Governo publicou Instrução Normativa autorizando retorno dos servidores à presencialidade
No último dia 29 de outubro, o Secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhardt, assinou a Instrução Normativa (IN) número 109, que autoriza o retorno dos servidores públicos à presencialidade a partir de 3 de novembro de 2020.
Na tarde desta terça, 10, a Assessoria de Imprensa da Sedufsm contatou o vice-reitor da UFSM, Luciano Schuch, que confirmou o retorno gradual das atividades e antecipou que a instituição lançará uma nota nesta quarta, 11, com o cronograma e demais informações a respeito do retorno. Ainda segundo o gestor, a reitoria terá uma reunião com os diretores de centro a fim de fechar os últimos detalhes. Outros dois questionamentos foram realizados ao vice, contudo sem retorno até o fechamento desta matéria: se a volta à presencialidade ocorreria ainda este ano, e se valeria apenas para servidores técnico-administrativos em educação ou também para docentes.
Clóvis Senger, presidente da ATENS, explica que a entidade está reunindo informações sobre o assunto, a exemplo do número de servidores que estão desempenhando suas atividades em cada uma das modalidades. “Na próxima semana iremos discutir amplamente o assunto com nossos filiados e assessoria jurídica, para garantir que não sejam implementadas medidas que venham trazer risco as pessoas e à comunidade de uma maneira geral”, comenta o dirigente.
Rejeição
Para o vice-presidente da Sedufsm, João Gilli Martins, duas questões se sobressaem: uma é relativa à autonomia universitária, que, em sua análise, é ferida com a edição não só dessa, mas de outras instruções normativas que alijam a comunidade universitária de um amplo debate. Outra é a realidade da pandemia.
“Temos que ser contrários à Instrução Normativa nº 109. Enquanto não tiver vacina ou fármaco que debele a Covid-19, temos que estar em isolamento social pleno. Embora isso hoje não venha ocorrendo, é preciso defende-lo. O que o governo está propiciando é a contaminação e o extermínio controlados da população. Por isso, temos que ser contrários ao retorno gradual nesse momento. As atividades presenciais da universidade têm de voltar somente quando existir vacina e quando tivermos implementado um processo de vacinação em massa que possa tornar as pessoas imunes ao novo coronavírus”, pondera Gilli.
O Conselho Universitário (CUV) da Universidade Federal Fluminense (UFF) aprovou, por ampla maioria, moção de rejeição à IN. Leia o posicionamento: “O Conselho Universitário (CUV) da Universidade Federal Fluminense (UFF) rejeita o retorno gradual ao trabalho presencial, conforme dispõe a Instrução Normativa n° 109, de 29 de outubro de 2020, do Ministério da Economia, dado que não há vacina contra a COVID-19 e não há condições sanitárias seguras para o desenvolvimento das atividades. Conselheiros(as): Alessandra Primo, Luiz Carlos e Wagner Peres”.
Já o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) divulgou nota afirmando que “não há mudança significativa no quadro epidemiológico que assegure condições sanitárias e de atendimento de saúde pública que viabilizem atividades presenciais”, acrescentando que a instituição mantém, no modo presencial, somente os trabalhos considerados essenciais.
Texto e print: Bruna Homrich
Assessoria de Imprensa da Sedufsm