PL 1992/07: PT e PCdoB votam contra servidores
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Atualizada em
29/02/12 18h11m
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PDT e PSB gaúchos votaram contra Fundo de Previdência
A bancada do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que faz parte da base de apoio do governo Dilma, foi a que mais se insurgiu e boa parte dos parlamentares votou contra o projeto de lei (PL) 1992/07, que estabelece o Fundo de Previdência dos Servidores Públicos (Funpresp). Por sua vez, partidos considerados de esquerda, mas que são de sustentação ao governo federal, como o PCdoB e o PSB, se dividiram na apreciação da proposta. Já o PT apoiou maciçamente o projeto que entrega a aposentadoria dos futuros servidores ao mercado financeiro, e que foi aprovado por 318 votos contra 134.
No Rio Grande do Sul, o PT foi fidelíssimo à proposta do governo. Todos os oito parlamentares votaram a favor do projeto que cria o Funpresp, inclusive o santa-mariense, Paulo Pimenta. O PMDB do RS também votou maciçamente favorável ao projeto do governo, enquanto o PDT, com três parlamentares, votou contra. O PCdoB, com Manuela D’Avila e Assis Melo, votou a favor do PL 1992/07. O PTB também demonstrou um bom nível de apoio ao governo, enquanto o PSB, com dois parlamentares no estado, foi contrário.
Na Câmara Federal, o Psol, apesar de possuir uma bancada de apenas três deputados, foi um dos mais atuantes na oposição ao projeto de lei que institui o fundo previdenciário, tendo sido acompanhado pela bancada pedetista, pelos membros dos democratas (DEM) e parte dos parlamentares do PPS. Já o PSDB, que acusou o PT de privatizar a previdência dos servidores, na hora do voto se dividiu, e boa parte dos tucanos votou com o governo.
Além do PT, o PMDB foi dos partidos da base de apoio que mais fidelidade demonstrou ao governo, juntamente com o PP. Enquanto no PMDB, apenas dois deputados votaram contra o projeto, no PP, houve apenas um voto contrário. A postura do PP foi tão favorável ao governo, que Paulo Maluf foi ao microfone defender a proposta do Funpresp e elogiar a presidente Dilma Rousseff.
De olho na grana
O nível de fidelidade no PT, PMDB e PP pode encobrir a disputa sobre quem comandará a gestão do Fundo de Previdência Complementar do Serviço Público Federal (Funpresp). Conforme matéria publicada em O Estado de São Paulo, o Fundo ainda nem saiu do papel, mas já é alvo de cobiça de petistas e peemedebistas. A estimativa é que o fundo, que começou a ser votado terça na Câmara, alcance um patrimônio de R$ 150 bilhões em até 20 anos, tornando-se, na prática, um poderoso ministério. Conforme o jornal, de forma parecida com o que está ocorrendo no Banco do Brasil, o PT e o PMDB já teriam iniciado uma guerra surda pelo comando dos fundos que irão cuidar das aposentadorias dos servidores públicos.
Votos da bancada gaúcha ao PL 1992/07
Favoráveis- Afonso Hamm (PP), Alceu Moreira (PMDB), Assis Melo (PCdoB), Bohn Gass (PT), Darnlei de Deus (PSD), Darcisio Perondi (PMDB), Eliseu Padilha (PMDB), Fernando Marroni (PT), Henrique Fontana (PT), Jerônimo Goergen (PP), Luiz Carlos Heinze (PP), Manuela D’Avila (PCdoB), Marcon (PT), Marchezan Junior (PSDB), Osmar Terra (PMDB), Paulo Pimenta (PT), Pepe Vargas (PT), Renato Mollig (PP), Ronaldo Nogueira (PTB), Ronaldo Zulke (PT), Sérgio Moraes (PTB) e Vilson Covatti (PP).
Contrários- Enio Bacci (PDT), Giovani Cherini (PDT), José Stédile (PSB), Luiz Noé (PSB) e Vieira da Cunha (PDT).
O deputado Marco Maia (PT), conforme prevê o regimento, em função de presidir a Câmara Federal, não vota.
Quem quiser acompanhar a íntegra dos votos, por estado ou por partido, basta acessar:
http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/plenario/votacao/chamadaExterna.html?link=http://www.camara.gov.br/internet/votacao/default.asp?datDia=28/2/2012&numSessao=20
Texto: Fritz R. Nunes com informações da Agência Câmara e O Estado de São Paulo
Foto: pt.org.br
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM