SEDUFSM dá boas vindas aos professores
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05/03/12 18h32m
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Panfleto sindical alerta para importância da mobilização em 2012
A Seção Sindical dos Docentes da UFSM (SEDUFSM) distribuiu nesta segunda, na universidade, um panfleto de recepção aos docentes. Na primeira semana de aulas, a direção do sindicato quer alertar a categoria para as dificuldades que os professores terão de enfrentar em 2012 e, ao mesmo tempo, os conclama a participar da luta.
Além dos cortes que o governo efetuou no orçamento federal (R$ 55 bi) e que terão reflexo na universidade, temas de grande relevância como a criação do Fundo Complementar de Previdência do Servidor (Funpresp), em debate no Congresso Nacional, marcam o início do semestre letivo.
No último final de semana, em Brasília, o ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes- realizou a reunião do setor das universidades federais e definiu pela construção de estratégias de mobilização nas bases do sindicato. Presente ao encontro, o presidente da SEDUFSM, professor Rondon de Castro, destaca que existem duas prioridades urgentes no calendário dos docentes: a retomada do debate sobre a construção de um projeto de carreira, interrompido com a morte em janeiro, do secretário Duvanier Paiva Ferreira e a campanha salarial 2012.
Em relação à carreira, o sindicalista lembra que existe um, projeto, acordado com o governo ainda em agosto do ano passado (2203/11), que faz alterações emergenciais na carreira do Magistério Superior e também na dos docentes do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), que necessita ser aprovado até o final do mês para poder entrar em vigor. “O projeto encontra-se na comissão de trabalho, com o deputado do PTB gaúcho, Ronaldo Nogueira, e há uma promessa de que seja votado até dia 20. No entanto, definimos na reunião do setor das federais que é preciso uma pressão ao parlamentar, para que ele proceda logo o seu parecer e não continue, a exemplo do que tem feito o governo, nos enrolando”, manifesta-se, indignado, Rondon.
O presidente da SEDUFSM alerta que na próxima semana será convocada uma assembléia para debater esses temas, especialmente a campanha salarial dos servidores federais, que será lançada oficialmente no dia 15 de março, em Brasília, com atividade relacionada também em Santa Maria. “Existe uma orientação que haja uma paralisação neste dia (15) e nós vamos debater essa possibilidade com os professores”, frisa Rondon.
Greve
Em 2011, o governo não atendeu qualquer ponto da pauta de reivindicações dos servidores federais. Este ano, a equipe econômica e a própria presidente Dilma Rousseff já adiantaram que, ao menos do ponto de vista financeiro, não há possibilidade de conceder reajuste salarial.
A intransigência em relação aos aspectos salariais, somado ao fato de que até o momento, o governo ainda não nomeou um substituto de Duvanier Paiva Ferreira para continuar a negociação com o funcionalismo, está criando um caldo generalizado de insatisfação.
Na avaliação da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o governo Dilma está “virando as costas para o funcionalismo”. Para a entidade, que congrega um número expressivo de carreiras do funcionalismo, é importante apostar na Marcha a Brasília, que acontece no final de março, após o lançamento da campanha salarial, marcado para dia 15. Segundo a Condsef, se o governo não se sensibilizar com as pressões, uma greve no mês de abril será construída.
Texto: Fritz R. Nunes
Ilustração: J. Adams Propaganda
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM