Ministério Público ajuíza ação contra Sebastião Curió SVG: calendario Publicada em 14/03/12 15h28m
SVG: atualizacao Atualizada em 14/03/12 15h28m
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Militar é acusado de cinco seqüestros na Guerrilha do Araguaia

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Sebastião Curíó, coronel da reserva, era agente da SNI durante a Guerrilha do Araguaia

O Ministério Público Federal ajuizará uma ação contra o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura, conhecido como Major Curió, pelo sequestro de cinco combatentes da Guerrilha do Araguaia (1972-1975).

A edição da Lei da Anistia, em 1979, impede o julgamento e a condenação dos militares que participaram de torturas, perseguições e mortes durante a ditadura (1964-1985). A lei foi questionada em 2010 no Supremo Tribunal Federal, que reafirmou a sua validade.

Está será a primeira denúncia criminal apresentada contra um oficial do Exército. Curió será acusado pelo crime de sequestro – um crime permanente. Como até hoje não se sabe o paradeiro das vítimas, o crime continua acontecendo até que sejam encontrados os restos mortais.

O Ministério Público Federal argumenta que o crime não foi contemplado pela Lei da Anistia – que abrange atos cometidos até 15 de agosto de 1979. O julgamento do STF sobre a lei não poderia ser aplicado ao caso.

Para o tesoureiro da Associação dos Torturados na Guerrilha do Araguaia, Sezostrys Alves da Costa – parente de camponeses da região que foram torturados por militares – a ação contra Curió reforça a luta pela memória, pela localização dos desaparecidos.

Crimes

A ação criminal acusa Curió pelo desaparecimento dos combatentes – Maria Célia Corrêa (Rosinha), Hélio Luiz Navarro Magalhães (Edinho), Daniel Ribeiro Callado (Doca), Antônio de Pádua Costa (Piauí) e Telma Regina Cordeira (Lia) – que participaram da guerrilha, organizada pelo PCdoB no sul do Pará.

De acordo com os procuradores, em dois casos de extradição de militares argentinos o STF adotou o mesmo entendimento quanto ao crime de sequestro, considerando-o permanente.

O crime permanente também não está sujeito à prescrição (prazo máximo pelo qual um acusado pode ser processado), o que também autorizaria o processo atual.

Operação limpeza

O ex-agente do Serviço Nacional de Informação (SNI) e ex-membro do Conselho de Segurança Nacional (CSN), major Curió – é reconhecido por militantes de grupos que lutam pelo restabelecimento da verdade no Brasil como perseguidor, sequestrador e coordenador de sessões de tortura contra religiosos, lideranças sindicais e ligadas à luta camponesa.

Fonte: Site “Vermelho”
Foto: Correio Braziliense
Edição: Fritz R. Nunes (SEDUFSM)

 

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