Morte de Millôr Fernandes repercute em Santa Maria SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 29/03/12 01h52m
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Desenhista influenciou várias gerações no Brasil

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Millôr Fernandes, exemplo de intelectual a serviço das causas justas

Morreu na noite desta terça-feira (27), aos 87 anos, o escritor Millôr Fernandes. Humorista, dramaturgo, desenhista, poeta e jornalista, ele faleceu em sua casa, no Rio de Janeiro, em decorrência de falência múltipla de órgãos. O velório ocorreu nesta quarta (29), no Rio, e em seguida a cremação do corpo. Em fevereiro de 2011, o humorista sofreu um AVC isquêmico e recebia tratamento em casa, quando teve que retornar ao hospital, no final de junho, por causa de uma pneumonia.

A morte do humorista e desenhista, um dos “pais” do jornal Pasquim, símbolo da luta contra a ditadura militar, repercutiu em todo o Brasil, inclusive em Santa Maria. Para o professor aposentado do curso de Desenho Industrial, Reinaldo Pedroso, que também é colaborador do Jornal da SEDUFSM, “Millôr foi um militante armado de humor consequente”. Também destacou ter recebido a influência do humorista em relação à busca da “originalidade do desenho”. Destaca Pedroso: “Millôr, o fim de um escritor sem estilo”.

O publicitário e chargista Joacir Xavier, o Jô, também lamentou a morte. Segundo Jô, Millôr “foi, com certeza, o grande mestre e frasista do humor gráfico”. Em relação à influência em seu trabalho, ressalta ter aprendido a brincar com as palavras (fazendo trocadilhos) graças a Millôr.

Intelectual

Nascido no bairro carioca do Méier, em 16 de agosto de 1923, Millôr foi registrado oficialmente em 27 de maio de 1924. Com um ano, ficou órfão de pai e, aos 10 anos, de mãe. Ao longo da vida, se firmou como um dos mais importantes e atuantes intelectuais brasileiros. Adaptou e escreveu obras para teatro e para televisão, além de ter imortalizado diversas frases e aforismos.

Em 1964, aos 41 anos, editou a revista humorística "O Pif-Paf", considerada uma das pioneiras da imprensa alternativa. Quatro anos depois, participou da fundação do jornal satírico "O Pasquim", uma das vozes mais ativas contra a censura e o governo militar durante a ditadura nos anos 70. A publicação teve colaboração de Ruy Castro, Paulo Francis, Ivan Lessa, dos cartunistas Jaguar e Ziraldo, entre outros nomes importantes do jornalismo brasileiro.

Autor de mais de 40 títulos literários, o cartunista atuou como colaborador de diversos jornais e publicações ao longo dos últimos 60 anos, entre eles "Folha de S. Paulo", "Correio Braziliense", "Jornal do Brasil", "Isto É", "O Estado de S. Paulo", "O Dia" e "Veja".

Como desenhista, com passagem pelo Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro entre 1938 e 1943, expôs seus trabalhos no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro em duas ocasiões. Em 1981, seus trabalhos gráficos foram reunidos em "Desenhos" (ed. Raízes Artes Gráficas).

Texto: Fritz R. Nunes com informações do UOL
Foto: entretenimento.uol.com.br
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

 

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