MST faz Jornada de Lutas e entrega carta a governo
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Entidade diz que educação é importante para evitar êxodo
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entregaram pauta de reivindicações da Jornada Nacional de Lutas ao governo federal. O Abril Vermelho, como é conhecida a Jornada, ocorre todos os anos no mês de abril e conta com manifestações e ocupações de fazendas ao longo do país. Os ministros do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, receberam a carta com as pautas do movimento na última quarta-feira, 11.
O MST aponta, no documento, para mais de 4 milhões de famílias de trabalhadores rurais que aguardam terras e 186 mil famílias acampadas em condições precárias. Além disso, a entidade alega que o processo de criação de assentamentos no país está parado e que, nos últimos dez anos, mais de 36 mil escolas foram fechadas no campo. Eles defendem a educação dos jovens do campo como um meio de evitar o abandono das áreas rurais.
A abertura de novas linhas de crédito rural também foi pautada, pois, dessa forma, camponeses e agricultores familiares produziriam em cooperativas e com técnicas agroecológicas.
Na última segunda-feira, 9, marcando o início das atividades do Abril Vermelho, os trabalhadores ocuparam áreas em Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, em memória dos 19 sem-terra mortos em Eldorado dos Carajás (PA) em abril de 1995. Ao todo, são programadas 50 ocupações para o mês.
Fontes: Rede Brasil Atual e APUFPR-SSIND
Foto: Rede Brasil Atual
Edição: Bruna Homrich (estagiária) e Rafael Balbueno (SEDUFSM)