SEDUFSM convoca para assembleia de greve
Publicada em
18/05/12 19h11m
Atualizada em
18/05/12 19h14m
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Sindicato chama professores para reabertura da plenária
A Seção Sindical dos Docentes da UFSM (SEDUFSM) reabrirá a assembleia, que foi deliberada como permanente, na próxima quarta (23), às 15h30min, no Anfiteatro H, junto ao prédio 21 dos básicos, no campus da UFSM. O principal ponto de pauta continua sendo o processo de adesão à greve nacional, que já atinge cerca de 40 instituições federais. Na última quarta, a plenária aprovou o indicativo de greve sem uma data específica.
Conforme o presidente da seção sindical, professor Rondon de Castro, o movimento paredista junto à categoria cresce em âmbito nacional porque aos poucos, prevalece a percepção de que depois de mais de seis meses esperando que o governo cumprisse o acordo assinado em 2011, o resultado não foi o esperado. Quando é concedida a incorporação de gratificações e a correção de 4% nos salários, através da assinatura de uma Medida Provisória, o que se percebeu é que de forma alguma isso resolve os problemas das universidades, bem mais amplos.
A MP traz em seu conteúdo prejuízos, como por exemplo, a transformação dos adicionais de insalubridade e periculosidade em vantagens pessoais. Ao longo do tempo, isso significará redução salarial. Mesmo que se consiga mudar esses pontos através de emendas, não é certo que se consiga aprovar, pois o governo não admite a alteração e, ao mesmo tempo, possui maioria parlamentar tanto na Câmara como no Senado.
Além disso, explica o professor, o grande debate é o da carreira docente, através da construção de uma proposta que reverta as distorções que aconteceram ao longo dos anos, e que, por culpa do próprio governo, encontra-se estagnado. Sem uma proposta de carreira que seja digna para os docentes, este pequeno ganho, que é o da incorporação da Gemas e da Gedbt e mais a correção de 4%, se perderá rapidamente, destaca Rondon.
“Por isso a greve acontece em um momento de vital importância. A negociação sobre a carreira segue até o final do mês. Somente com poder de pressão conseguiremos arrancar algo deste governo”, finaliza.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM