Segunda à Sexta
08h às 12h e 14h às 18h
SEDUFSM
Rua André Marques, 665
Centro, Santa Maria - RS
97010-041
Fale Conosco - escreva para:
[email protected]
01/10/2020
José Renato da Silveira
Professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais
A vida parece mais sem sentido durante a pandemia? O sofrimento pode ser um estímulo para encontrarmos o sentido da vida? O escritor francês Émile Zola diz que “o sofrimento é o melhor remédio para acordar o espírito”.
Sem dúvida, o sofrimento pode ser um atalho para encontrarmos o sentido da vida. A logoterapia, criada pelo psiquiatra austríaco Viktor Frankl, pode ajudar a lidar com o sofrimento. A logoterapia – abordagem psicológica que busca o sentido da vida – propõe três caminhos para encontrarmos o sentido da vida: valor de criação, valor de vivência e valor de atitude.
O sentido da vida é individual
Muitos terapeutas opinam que ao invés de fazermos perguntas para a vida, é mais produtivo responder as perguntas que a vida nos faz. De fato, o sentido da vida é individual. E o formidável é que durante a nossa existência, teremos visões distintas quanto ao sentido da vida. “É uma espécie de chamado para produzirmos o melhor possível em nós mesmos e no mundo, percebendo e realizando sentido em cada situação”, afirma Sibele Oliveira em colaboração para o VivaBem.
Por exemplo, em diferentes estágios da minha vida: já fui mais idealista; em outras circunstâncias, mais realista; e vivi alternâncias pendulares entre o otimismo e o pessimismo. Atualmente, penso como o poeta português Fernando Pessoa: “Às vezes ouço passar o vento, e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido”.
Pesquisa da revista britânica Journal of Humanistic Psychology
Nessa linha, a revista britânica Journal of Humanistic Psychology dirigida por Richard Kinnier, da Universidade do Arizona (EUA), realizou uma pesquisa extraordinária, em 2019, acerca do sentido da vida.
O estudo partiu da análise de frases e escritos de 200 pensadores - do escritor Oscar Wilde ao imperador Napoleão.
Conforme a pesquisa, para os pessimistas como Freud, o criador da psicanálise, e o escritor Franz Kafka, a vida não tem sentido.
Para outro grupo, formado por pessoas como Napoleão e o físico britânico Stephen Hawking, a vida é um mistério.
Para o cantor Bob Dylan, a existência não passava de uma "piada".
Já os idealistas diziam o que vale é "amar, ajudar os demais".
Por fim, a pesquisa conclui num tom de “carpe diem” que "a vida é pra ser desfrutada". E como dizia a inesquecível Janis Joplin, "aproveite-a enquanto puder".
Fonte: https://www.redepsi.com.br/tag/viktor-frankl-logoterapia26/