Disputa à direção do ANDES-SN tem duas chapas inscritas
Publicada em
27/01/18 23h16m
Atualizada em
02/02/18 00h45m
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Inscrições e apresentação de chapas ocorreram neste sábado, no 37º Congresso do ANDES-SN
Na eleição para a escolha da direção do ANDES-SN, no mês de maio, duas chapas deverão concorrer. Na tarde deste sábado, 27, durante a plenária do Tema IV (Questões organizativas e financeiras), após a aprovação do regimento eleitoral, inscreveram-se duas chapas para a disputa. A inscrição oficial necessita apenas de três nomes- o triunvirato. Agora, os grupos inscritos têm 30 dias (até 27 de fevereiro) para completar 83 cargos que compõem a diretoria nacional. Após o encerramento do prazo para inscrições, foi interrompida a plenária e as chapas foram apresentadas ao conjunto de delegadas e delegados.
Saiba quem são os componentes do triunvirato das duas chapas:
Chapa 1 (situação)- ANDES Autônomo e de luta
Antonio Gonçalves (Apruma)
Presidente
Eblin Farage (Aduff)
Secretária-geral
Raquel Dias (Sinduece)
1ª Tesoureira.
Chapa 1, com prof. Antonio Gonçalves ao microfone
Chapa 2 (oposição)- Renova ANDES-SN
Celi Taffarel (UFBA)
Presidente;
Lurdinha Nunes (ADUFPI)
Secretária-geral
Everaldo Andrade (Adusp)
1º Tesoureiro.
Obs: Não estava presente no momento da inscrição da chapa 2, a professora Celi Taffarel, que viajou a Porto Alegre para resolver problemas de saúde na família.
Chapa 2, com professor Everaldo Andrade ao microfone
Fala da chapa 1
No momento em que a chapa 1 foi apresentada ao plenário onde estavam os congressistas, coube ao candidato a presidente, professor Antonio Gonçalves, fazer um resumo em sete minutos e meio do que pretende o grupo político. O professor lembrou das lutas que foram empreendidas no período mais recentes, em 2016 e 2017, quando o ANDES-SN se envolveu na greve de 2016, contra o projeto que congelava investimentos públicos, na organizaçao da greve geral de 2017 e de outras mobilizações nesse mesmo ano. Para a chapa 1, essas lutas todas devem continuar sendo feitas de forma conjunta com a CSP-Conlutas, especialmente no que se refere a uma greve contra a reforma da previdência. O candidato citou o golpe ocorrido em 2016, que alçou ao cargo um governo ilegítimo, mas ao mesmo tempo, frisou que o ANDES-SN, em sua história, tem lutado contra todos os tipos de golpes, como os que ocorreram na reforma da previdência de FHC, em 1998, e na reforma da previdência de Lula, em 2003.
Fala da chapa 2
Falando pela chapa 2, o professor Everaldo Andrade argumentou que o Brasil vive um “estado de exceção após o golpe de 2016”. Para o docente, a diretoria do ANDES-SN não estaria atuando de forma contundente para denunciar o golpe e barrar os ataques que se deram na sequência. Segundo Andrade, a condenação do ex-presidente Lula, no dia 24, é um sinalizador de que o golpe terá novas etapas, com uma justiça politizada e que tem permitido a retirada de importantes direitos da classe trabalhadora. A chapa 2 destacou em um panfleto distribuído aos congressistas, que o ANDES-SN precisa de uma nova reorientação, através da qual o sindicato faça o seu “reatamento” com organizações “representativas e majoritárias do movimento sindical, popular e da juventude”, que lutam contra as contrarreformas do governo Temer.
Veja logo abaixo, em anexo, fotos da inscrição das duas chapas.
Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm