‘Educação é resistência’ resume o dia do 30M em Santa Maria
Publicada em
Atualizada em
31/05/19 18h22m
19501 Visualizações
Ato na praça Saldanha Marinho mobilizou centenas de estudantes, mesmo sob chuva
O #30M em Santa Maria foi organizado por diversas entidades sindicais, como a Sedufsm, mas protagonizado, especialmente ao final da tarde de 30 de maio, na praça Saldanha Marinho, por centenas de estudantes. Talvez o que resuma as manifestações, que teve discursos, palavras de ordem em defesa da educação, e caminhada pelas ruas – tudo isso abaixo de chuva- é a frase vista em alguns cartazes: educação é resistência.
E os recados expostos em faixas e cartazes deram uma ampla demonstração de que a educação pública, que tem sido criticada e atacada tanto pelo ministro da Educação como por apoiadores do governo Bolsonaro, tem milhares de defensores (aqui e acolá), que se dispõem a ir às ruas, mesmo com frio e chuva, para dar o recado de que resistir é preciso. E, para os professores que estiveram (ou que não estiveram na praça), o cartaz de uma jovem (foto abaixo) lembrou o educador Paulo Freire: “ser professor e não lutar é uma contradição pedagógica”.
Em virtude desses exemplos de luta e resistência, optamos por destacar, mais do que textos, as imagens de algumas das pessoas que protagonizaram, na praça Saldanha Marinho, o Segundo Dia de Lutas em Defesa da Educação.
É o caso de Maria Eduarda Zavarese Oliveira. Estudante que cursa Educação Especial na UFSM no diurno, Maria Eduarda (foto em destaque, que abre essa matéria) fez um pequeno cartaz defendendo a educação e criticando a liberação de armas.
Estudantes da área da saúde, especialmente do curso de Fonoaudiologia, levaram material destacando importância do Sistema Único de Saúde.
As comunidades dos Institutos Federais também trouxeram recados importantes ao governo: um país que não investe em educação, coloca uma barreira em sua evolução”.
Em sua manifestação, o diretor da Sedufsm, professor Gihad Mohamad destacou que o sucateamento das universidades tem o objetivo de levá-las à privatização. Gihad também ressaltou que os ataques a essas instituições se dão pelo fato de que o governo tem claro que a universidade é um espaço de resistência a um projeto que é de entrega e submissão às grandes potências mundiais.
A disposição à luta pode ser resumida pela imagem abaixo. Foi uma chuva de guarda-chuvas, contrariando a “chuva de fake news” do ministro Abraham Weintraub.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm
(VER MAIS FOTOS ABAIXO, EM ANEXO)