Marcha denuncia nas ruas o sofrimento dos negros
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Atualizada em
21/11/19 17h48m
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Evento contra genocídio do povo preto ocorreu nesta quarta, 20 de novembro
O Movimento Negro de Santa Maria realizou na quarta, 20 de novembro, a Marcha contra o genocídio ao povo preto. A manifestação, que iniciou na praça Saldanha Marinho, às 16h, e se estendeu por algumas das ruas centrais da cidade, através de uma caminhada, ocorreu na data em que se lembra, no Brasil, o Dia da Consciência Negra. Dentre os organizadores do protesto, coletivos como o Comitê pela liberdade de Rafael Braga e o coletivo de Mulheres Negras, Dandaras à frente.
A Marcha surgiu como uma denúncia do encarceramento em massa, da guerra às drogas que atinge em maioria a juventude negra e periférica e às formas de discriminação social e racial existentes no país. “O genocídio do nosso povo não é uma política Governo, é uma política de Estado que se intensifica nos dias de hoje com o aprofundamento do estado policial, repressivo e punitivista. Estado que coloca o povo negro na miséria, priva de direitos, nega acesso a trabalho, saúde, educação e uma vida digna. Um sistema cruel que faz do extermínio de negros e negras modus operandi para as suas tropas”, ressalta em nota, o Coletivo Dandaras.
Além de representar os anseios da população negra, a Marcha representou um ato de resistência, de indignação e de pedido por justiça. Ainda hoje, a pauta pela liberdade do catador Rafael Braga é tida como central. Desde 2013, ano em que foi preso, seu nome se tornou um símbolo de resistência frente ao racismo estrutural. O caso Rennan da Penha, preso em abril deste ano por associação ao tráfico de drogas, também entra na agenda. Os assassinatos de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, e de Anderson, seu motorista, também foram relembrados na manifestação.
Acompanhe algumas outras fotos, abaixo (e em anexo), registradas pelo jornalista Ivan Lautert:
Texto: Fritz R. Nunes
Fotos: Ivan Lautert
Assessoria de imprensa da Sedufsm