Ato une servidores públicos de diferentes categorias para protestar contra perda de direitos
Publicada em
13/12/19 16h29m
Atualizada em
13/12/19 16h31m
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professores, trabalhadores da saúde, agropecuária, segurança, do estado e da união, realizaram panfletagem ontem, em Santa Maria
Nesta quinta-feira, dia 12, no final da tarde, servidores da esfera estadual e também servidores ligados à Universidade Federal de Santa Maria, estudantes e militantes de diversas organizações políticas estiveram nas ruas realizando panfletagem e conversas de conscientização com a população santa-mariense. Em pauta estavam os recentes ataques sofridos pelo serviço público e seus trabalhadores. A atividade foi promovida pela Frente Única de Trabalhadoras e Trabalhadores de Santa Maria (FUTT).
Diversas categorias do serviço público estadual estão em greve, sendo que a paralisação deflagrada pelos docentes da rede estadual completará um mês de duração amanhã, dia 14 de dezembro. O principal motivo dos protestos é o pacote de reformas administrativas e mudanças no plano de carreira do magistério. Os servidores lutam para barrar perdas de mais direitos, num momento em que o governador Eduardo Leite mantém o parcelamento dos salários que já uma constante desde o governo de José Ivo Sartori.
Em âmbito nacional, também tramita uma reforma administrativa, obra do ministro Paulo Guedes, que pretende reduzir as carreiras do serviço público, extinguir a estabilidade dos servidores e tornar mais precarias as condições de trabalhos em vários serviços essenciais à população, como a educação e a saúde, que também já são atingidos pela Emenda Constitucional 95, aquela que institui um teto nos investimentos do governo por 20 anos, estrangulando o orçamento público.
Em manifestação feita durante o ato, o diretor da Sedufsm, Professor Gihad Mohamad, afirmou que o momento é de unidade entre os servidores públicos na luta, e que o ano que vem deve ser marcado pela organização dos trabalhadores para fazer o enfrentamento do governo. "Se nós não tivermos solidariedade e nos organizarmos para lutar também pelas causas dos colegas de outras categorias, não teremos como barrar os ataques ainda mais graves que se avizinham" concluiu o docente.
Textos e fotos: Ivan Lautert
Assessoria de Imprensa da Sedufsm