Consu da UFSM aprova criação de Parque Tecnológico SVG: calendario Publicada em 10/01/20 18h59m
SVG: atualizacao Atualizada em 10/01/20 19h18m
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Parecer de vista de estudantes ampliando “caráter social” da proposta foi rejeitado

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Reunião do Consu, na manhã desta sexta, 10 de janeiro

O Conselho Universitário (Consu) da UFSM aprovou na manhã desta sexta, 10, depois de quase duas horas de discussão, a proposta criando o Parque Tecnológico da instituição (PICT). A proposição da reitoria havia sido colocada em apreciação na sessão ocorrida em 13 de dezembro de 2019, mas sofreu parecer de vista da bancada estudantil. Na reunião desta sexta, o acadêmico Rodrigo Poletto, do DCE, apresentou o seu parecer de vista, favorável à criação do PICT, mas acrescentando tópicos à proposta com o objetivo de dar a ela uma face mais “social”. Após diversas manifestações, o parecer foi derrotado em favor do parecer original, de autoria do professor e diretor do Centro de Tecnologia, Tiago Marchesan, por 33 votos contra 8.

Nos acréscimos apresentados, Poletto destaca a importância de que, nos princípios que criavam o PICT deveria estar a contribuição para o desenvolvimento e também à igualdade social. Também citou como relevante que esse novo ente criado pela UFSM pudesse cumprir seus objetivos olhando especialmente para os setores de maior vulnerabilidade social. O Parque Tecnológico ocupará uma área de 10 hectares onde hoje está localizado o Centro de Eventos da universidade. Esse aspecto também foi questionado por vários conselheiros, que perguntaram se projetos como o da “equoterapia” não estaria ameaçado.

Tanto o vice-reitor Luciano Schuch como o reitor, Paulo Burmann garantiram que os projetos desenvolvidos na área destinada ao PICT não será afetados, desde que estejam regulamente adequados. Schuch comentou que o projeto da equoterapia precisa ter responsáveis, como por exemplo, um professor ou mesmo um técnico, para que possa ter sua situação regularizada, evitando que a instituição seja advertida por órgãos de controle federais. O vice argumentou que situação parecida vivia o projeto do ‘Rugby’, que, no entanto, já foi regularizado.

O questionamento sobre os projetos hoje postos em prática no centro de eventos foram motivo de preocupação da técnico-administrativa Loiva Chansis, e também do professor aposentado, Getúlio Lemos. Para Lemos, a ciência, a tecnologia, a inovação, são importantes, mas “não podemos ignorar projetos que dão qualidade de vida à população”. Segundo ele, a equoterapia está há anos ocupando aquele espaço e muitos estudantes participam, sendo que alguns já desenvolveram pesquisas a respeito, garantiu o professor. Dessa vez, foi Burmann que reiterou que a universidade tem todo o interesse pela manutenção dos projetos existentes, mas que, para isso, é preciso que sejam cumpridas as normas legais.

Nomeação de conselheiros

Um outro ponto que causou debate foi a composição e nomeação do Conselho Estratégico do Parque. Alguns membros do Consu, entre os quais, os professores Mauri Löbler (do CCSH) e Renato Souza (do CCR) levantaram dúvidas sobre o que seria uma espécie de “excesso de poder” por parte da nomeação dos conselheiros pelo reitor. Tanto Mauri quanto Renato ressaltaram que confiam na gestão do professor Burmann, mas que não sabiam qual seria o futuro, tendo em vista que o governo Bolsonaro pretende mudar o processo de escolha dos gestores das universidades. A partir dessas intervenções, houve concordância de que os nomeados ao Conselho do PICT deverão passar pelo crivo do Consu.

Para Mateus Lazaretti, da bancada estudantil, apesar de o parecer de vista ter sido rejeitado pela maioria dos conselheiros, o entendimento é de que houve avanço através do debate. Segundo ele, pelas manifestações dos integrantes da reitoria, há uma concordância na visão de que o PICT não cumpra apenas um viés de caráter empresarial, mas também esteja aberto a projetos que tenham visão mais social, como por exemplo, empreendimentos de economia solidária. Conforme o integrante do DCE, a própria manifestação dos conselhos garantiu que o Conselho Universitário possa ter um controle social em relação ao Parque Tecnológico. E, por outro lado, que os projetos hoje desenvolvidos junto ao centro de eventos não sejam discriminados.

Manifestação do reitor

Conforme material divulgado pelo site da UFSM, “o reitor, Paulo Afonso Burmann afirmou que a UFSM estava atrasada na criação de um parque de inovação. Muitos recursos públicos deixaram de ser captados pelo fato de a Instituição não ter uma estrutura formalizada”. Disse Burmann: “A criação é estratégica e urgente. Não podemos nos dar este luxo de perder esta possibilidade de captar recursos, de participar de editais, por não termos uma estrutura formalizada”.

Burmann também apontou que o fortalecimento do PICT será um processo lento, mas que precisa ser iniciado. Ele exemplificou que a Agittec, criada em 2014, já gera cerca de 150 empregos diretos e impulsionou diversas empresas, que atualmente geram emprego e renda. “É um esforço da Universidade para garantir um sistema de desenvolvimento econômico e social para esta região, não de exportar talentos daqui”, ressaltou.

O reitor ainda afirmou que outros projetos com caráter social desenvolvidos atualmente no Centro de Eventos, como de equoterapia, o DTG Noel Guarany e atividades esportivas, não estão em riscos com a criação do PICT, contanto que estejam regularizados. Acompanhe em anexo o parecer de vista e a proposta original.

 

Texto: Fritz R. Nunes com a colaboração da Agência de Notícias da UFSM

Foto: Agência de Notícias UFSM

Assessoria de imprensa da Sedufsm   

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- Parecer de vista

- Proposta original

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