Presidente do ANDES-SN: pandemia requer investimento estatal SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 26/03/20 19h37m
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Antônio Gonçalves fez transmissão online na quarta, 25

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O COVID-19 agravou uma crise econômica e social que já estava em andamento. Em meio à pandemia, duas possibilidades apresentariam-se para a classe trabalhadora: a primeira dá conta da expansão de um processo privatista e de destruição das universidades e institutos públicos de pesquisa; a segunda é o fortalecimento destas mesmas instituições, dada a abertura de um espaço de diálogo com a sociedade sobre a importância do investimento público em educação, ciência, tecnologia e saúde. O cenário é desenhado pelo presidente do ANDES-SN, Antônio Gonçalves, que fez uma live (transmissão online) via facebook na noite da última quarta-feira, 25.

Gonçalves, professor de Medicina na UFMA, destaca que, neste momento, o Estado deveria estar mais presente do que nunca, valorizando seus servidores e aumentando os investimentos públicos em educação, ciência, tecnologia e saúde. Contudo, esta não é nem de longe a postura adotada pelo governo Bolsonaro.

“Estamos vivendo um período sombrio que se traduz na anticiência, na tentativa de amordaçar professores e de impor um pensamento único, na privatização de estatais, na suspensão de concursos públicos e no ataque aos trabalhadores. Diante de uma pandemia, em que precisamos de mais investimento em ciência e tecnologia, temos o contrário: cortes de bolsas (portaria 34 da Capes) e redução do corpo de docentes e técnico-administrativos em educação através de dispositivos até ilegais de suspensão de concursos, precarizando ainda mais nossas vidas. O projeto que o ANDES-SN defende é um projeto de interesse do conjunto da sociedade. A gente está vendo um governo para ricos. Hoje o mercado tem mais importância que o ser humano”, disse o presidente do ANDES-SN.

Adoecimento docente

Gonçalves também destacou o processo crescente de precarização e intensificação do trabalho docente, o que expõe a categoria a cargas de estresse, fragilizando sua saúde e a deixando mais vulnerável ainda a processos de adoecimento. “A mercantilizacao da educação é algo muito perverso. A gente vê o crescimento das instituições privadas nos últimos 50 anos. Na década de 60, antes do golpe militar, tínhamos 60% das instituições de ensino superior eram públicas. Hoje é o inverso: 60% ou mais são instituições privadas”, destacou o presidente.

Ele lembra, ainda, que o Brasil tem pesquisadores/as de altíssima qualidade, que conseguiram, por exemplo, dentro de uma instituição pública (USP), sequenciar o genoma do coronavírus. “O sequenciamento é uma etapa inicial para chegarmos a uma vacina contra o coronavírus. A ciência e a tecnologia podem contribuir, e têm feito isso, na vida concreta da classe trabalhadora. Poderiam fazer mais se tivessem um investimento maior”.

EaD

Gonçalves também criticou a política do governo de Bolsonaro de instituir aulas a distância durante a pandemia. Para ele, não vem se levando em conta a preparação dos docentes para elaborar aulas a distância e a inclusão digital dos estudantes. “A EaD é importante, mas não pode ser utilizada da maneira como o governo tem apresentado, pois requer todo um preparo”.

O pronunciamento completo de Gonçalves tem 35 minutos e pode ser visto aqui.

 

Texto: Bruna Homrich

Foto: Arquivo/Sedufsm

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

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