Fora Bolsonaro e Mourão: o 1º de maio classista da CSP-Conlutas SVG: calendario Publicada em 28/04/20 15h39m
SVG: atualizacao Atualizada em 28/04/20 15h48m
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Entidade retira-se de ato unitário após maiores centrais sindicais aprovarem participação de figuras como Maia, Alcolumbre e FHC

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A CSP-Conlutas vinha fazendo um esforço para construir, em unidade com as outras centrais sindicais brasileiras, um ato virtual nesta sexta-feira, 1º de maio, Dia do (a) Trabalhador (a). Mas, nesta segunda, 27, em mais uma reunião do Fórum das Centrais, uma proposta tornou-se inconciliável e levou a Conlutas a se retirar da construção. Ocorre que a maioria das 11 entidades presentes aprovou a participação, no ato, de figuras como Rodrigo Maia (DEM-Presidente da Câmara), Davi Alcolumbre (DEM-Presidente do Senado) e Dias Toffoli (presidente do STF). Também aprovaram que o convite fosse feito a Lula (PT), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Flávio Dino (PCdoB).

Em nota, a CSP-Conlutas diz que “este convite é inaceitável pelo o que esses senhores representam aos trabalhadores: profundos ataques aos direitos, às aposentadorias e aos empregos. Diante de tal ruptura da independência de classe, temos a obrigação de organizar um Ato Classista neste 1º de Maio. Um ato que esteja à serviço da vida, do emprego, dos direitos, da renda básica para todos que precisem e, principalmente, para fortalecer nossa luta pra botar pra Fora Bolsonaro e Mourão, já!”.

A central sindical e popular defende que a realização de um ato classista e com independência de classe é a única forma de exigir do governo a quarentena geral para que os trabalhadores dos serviços não essenciais possam permanecer em casa, protegidos, recebendo salários e direitos na integralidade. Da mesma forma, a CSP-Conlutas também cobra maior protetividade aos trabalhadores dos serviços essenciais, especialmente os que estão na linha de frente do combate à pandemia do coronavírus que, até esta segunda, 27, já havia atingido mais de 66 mil pessoas e deixado mais de 4.500 mortos – somente levando em conta os dados oficiais.

Leia, abaixo, a nota da CSP-Conlutas:

“Em memória dos mártires de Chicago nosso 1º de Maio será classista e independente.

O governo Bolsonaro e Mourão é incapaz de garantir a defesa da vida dos trabalhadores e o sustento necessário para a população permanecer em casa. É um genocida ao não levar a sério a gravidade dessa pandemia e apenas responder ao desejo dos empresários de manter a produção e o comércio funcionando. Não entendem que sem vida não há trabalho.

Os governadores e prefeitos, por mais que mantenham medidas de isolamento, não tomam medidas efetivas para enfrentar a propagação do coronavírus como cobrar as dívidas de sonegação de impostos nos estados e municípios para reverter verbas urgentes para a saúde. Pelo contrário, começam a ceder à pressão capitalista e tentam apressar a “volta ao normal”.

No meio desse caos, a Câmara Federal, presidida por Rodrigo Maia, aprovou a MP 905, que desregulamenta o trabalho, retira direitos e rebaixa salários, provocando o aumento do desemprego no país. Já o presidente do Senado deu a ficha para Bolsonaro revogar a medida naquela Casa, pois dessa forma não caducaria e poderia ser novamente apresentada ao Congresso. Alcolumbre resolveu dar uma mãozinha a Bolsonaro ao perceber que a medida poderia não ser voltada na data do prazo limite e, esta semana, em acordo com Paulo Guedes apresentou proposta para congelar os salários dos servidores públicos federais, estaduais e municipais.

Assim, este 1º de Maio acontece em meio a uma grande crise sanitária, social, econômica e política e as principais Centrais Sindicais tomam essa decisão lastimável. Convidam para o palanque virtual os algozes dos trabalhadores, quando o protagonismo deveria ser das entidades dos trabalhadores, das centrais sindicais, dos movimentos populares, das organizações da juventude, dos partidos comprometidos com a causa dos trabalhadores e organizações democráticas, além das iniciativas culturais.

Estamos num momento em que o povo pobre morre de fome ou de coronavírus sem a menor assistência do Estado. Estão sobrevivendo a partir de sua auto-organização e da contribuição de movimentos populares, dos setores da Igreja voltados às pessoas em situação de rua. A violência doméstica contra as mulheres cresce a cada dia.

Os 600 reais deliberados para autônomos, desempregados, micro empreendedores e beneficiados pelo Bolsa Família, opcionalmente, se tornaram uma grande enrolação por questões burocráticas e pelo atraso do pagamento desse valor pelo governo.

Neste momento tão grave, necessitamos da mais ampla unidade de classe e todos os esforços foram feitos. Mas não podemos entregar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras e do povo pobre a serviço de uma estratégia eleitoral e da conciliação de classes, o que está sendo feito pela maioria das Centrais.

Não podemos dar as mãos com os que conduzem a agenda ultraliberal no país que está provocando um regime de semi-escravidão aos trabalhadores.

A CSP-Conlutas defende que o ato virtual do 1º de Maio esteja à altura das necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras do país. Imprescindivelmente, que afirme a defesa da saúde e da vida dos trabalhadores a partir da defesa da quarentena geral, com garantia de estabilidade, emprego e salário; assim como o aumento e pagamento do auxílio emergencial. Precisamos levantar a bandeira do não pagamento da Dívida Pública aos banqueiros para ter os recursos necessários para as áreas da saúde e social.

No mundo inteiro, os trabalhadores mesmo em condições de isolamento social, também vão protestar de forma virtual contra este sistema que sempre tenta descarregar a crise nas nossas costas. Por isso, conclamamos as organizações e trabalhadores a realizarem no nosso dia um grande ato virtual classista, independente e internacionalista.

Nosso Ato Classista terá uma live com representações do movimento sindical e popular, eventos culturais e, às 20h30, vamos fazer um panelaço em defesa da vida e exigir Fora Bolsonaro e Mourão, já!”.

 

Fonte e imagem: CSP-Conlutas

Edição: Bruna Homrich

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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