Seção sindical do ANDES-SN denuncia reitor da UFFS ao STF SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 24/06/20 16h51m
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Gestor não estava entre os escolhidos pela comunidade universitária, tendo sido empossado por Bolsonaro

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Em rede social, Recktenvald expressou manifestações antidemocráticas contra o STF

A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal da Fronteira Sul (Sinduffs – SSind do ANDES-SN) protocolou denúncia contra o reitor da instituição, Marcelo Recktenvald, por manifestações antidemocráticas. As notificações foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Ministério Público Federal (MPF) e à Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

Recktenvald não estava entre os escolhidos no processo interno para reitor da UFFS, mas foi empossado por Jair Bolsonaro. Desde então, a comunidade acadêmica pede sua destituição – que foi aprovada, por 35 votos a 12, pelo Conselho Universitário da UFFS, após assembleias consultivas com a comunidade universitária. Em 12 de novembro do ano passado, uma comissão protocolou o pedido de destituição na Presidência da República. A solicitação ainda aguarda decisão judicial.

Em sua conta na rede social Twitter, na qual se apresenta como reitor da universidade, Recktenvald afirmou, no dia 27 de maio de 2020, que o STF era "vergonha nacional" e que "um cabo e um soldado resolveriam esta questão" - uma clara alusão à declaração do deputado Eduardo Bolsonaro, que também ecoa nas manifestações antidemocráticas de apoiadores bolsonaristas que defendem a intervenção militar.

Para a diretoria da seção sindical, fica explícita a tentativa de Recktenvald de buscar angariar apoio junto a Jair Bolsonaro e Abraham Weintraub – ex-ministro da Educação - tendo em vista o amplo rechaço da comunidade universitária da UFFS à sua nomeação antidemocrática e à sua gestão à frente da instituição.
"Críticas às autoridades constituídas fazem parte da democracia, entretanto não pode ser tolerada a apologia da destruição do regime democrático. Enquanto dirigente de autarquia federal, Recktenvald tem ainda outros deveres adicionais na sua relação com os demais poderes", afirma em nota a diretoria da Sinduffs SSind.

Para Ricardo Machado, diretor do SINDUFFS e professor da UFFS, a afirmação de Marcelo Recktenvald não causa surpresa. “O interventor só explicita seu desprezo pelas instituições democráticas. Hoje, infelizmente, a UFFS é um exemplo do risco que todas as instituições correm ao ter que conviver com um dirigente não eleito e que não está à altura da função que exerce”, frisa Machado.

Vicente Ribeiro, representante docente do Conselho Universitário da UFFS, também destaca, além das declarações públicas ofensivas à autoridades de outros poderes, a postura incompatível com dirigente de autarquia federal, o caráter antidemocrático da manifestação do reitor ao defender uma intervenção militar no STF. "Vamos propor ao Conselho que se posicione e encaminhe para apuração dos órgãos competentes", afirma Ribeiro.

Presidente do STF encaminha caso do reitor para relator do caso das 'fake news'

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, encaminhou ao relator do Inquérito 4781, ministro Alexandre de Moraes, a petição que aborda possíveis crimes cometidos pelo reitor da Universidade Federal da Fronteira do Sul (UFFS), Marcelo Recktenvald. A ação foi apresentada pela Seção Sindical dos Docentes UFFS (SINDUFSS Seção Sindical do ANDES-SN) e indica possíveis crimes contra a segurança nacional, contra honra e atos de improbidade administrativa.

A seção sindical denunciou a postura ofensiva de Recktenvald em sua rede social, na qual se identifica como reitor da instituição. O reitor proferiu ataques contra ministros do Supremo Tribunal Federal e o presidente da Câmara dos Deputados, bem como o emprego de expressão de baixo calão em desfavor do Governador do Estado do Rio de Janeiro, em uma postura incompatível com um gestor público. O Conselho Universitário da UFFS já aprovou, em novembro do ano passado, o pedido de destituição de Marcelo Recktelvald. O processo aguarda decisão judicial.

 

Leia mais sobre os ataques arbitrários do governo Bolsonaro contra as universidades. 

Fonte: ANDES-SN

Imagem: Sinduffs-Ssind

Edição: Bruna Homrich/Fritz R. Nunes

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

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