Dica cultural: obra indicada é da ‘Turma do Café’ santa-mariense SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 05/02/21 11h15m
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Professora Vânia Rey Paz destaca a publicação ‘Ano passado morri’, que homenageia Belchior

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Na pandemia, encontros da Turma do Café passaram a ser online

Sextou na quarentena! E a dica cultural desta sexta, 5, é da professora Vânia Rey Paz, do departamento de Administração da UFSM, campus de Palmeira das Missões. Ela fala sobre os encantamentos a partir de quando teve contato com escritores e poetas santa-marienses que fazem parte, já há alguns anos, da Turma do Café, que após a pandemia passou a ser um café on line.

Das inúmeras produções de autores do calibre de Vitor Biasoli, Candinho, Orlando Fonseca, Odemir Tex, Carlos Rangel, Raul Maxwell, Francisco Ritter e Ronaldo Lippold, Vânia destaca “Ano passado morri - histórias de quando havia galos, noites e quintais" (2020), que remete ao saudoso Belchior. Aliás, intérprete e compositor sempre referência para essa turma de Santa Maria, agora bem indicada por Vânia.

“Ano passado morri...

Em meio à pandemia e o isolamento, o que mais sinto falta é daqueles encontros inesperados com amigos na rua, e dos acasos. Mas, eis que no emaranhado das redes a que fomos jogados nesses dias, esbarrei em um conto muito interessante de um escritor santa-mariense que ainda não conhecia, Ronaldo Lippold. Mas, por obra desses acasos benfazejos encontrei juntamente com outros nomes em um livro recém-lançado.

Dessa descoberta surge a nossa sugestão de leitura, o livro “Ano passado morri – histórias de quando havia galos, noites e quintais” (2020). É mais uma produção da Turma do Café, na qual esse mesmo escritor, juntamente com a camaradagem de outros oito autores, abrem uma janela para que conheçamos um pouco mais sobre os escritores santa-marienses que fazem a literatura circular por aí afora.

O livro é uma reunião de contos, com narrativas diversas, e personagens ricos que passam da adaptação e superação, no ótimo conto elemento água; à compreensão do feminino, à valorização inestimável de algumas coisas como os discos; por crenças; preocupações com filhos; amor aos animais; a situação dos refugiados; o julgar interiorano pelas aparências; prisões e o superego; o inferno por não ter cerveja; as voltas que o mundo dá; ao desejo de transformar o mundo, e outros afetos.

Contudo, além da diversidade, eles têm sim um ponto em comum.

É que todos dialogam com alguma canção do músico Belchior, enchendo de som imediatamente o ar. Uma experiência ímpar. Nem sempre rimam, pois não há unanimidade nessa predileção musical, o que só aumenta a graça.

É apresentado por outro escritor e conterrâneo, que conhece muito do som e o sentido, Márcio Grings, dizendo que “o resultado dessa produção une-se ao melhor da MPB, além de uma trajetória artística que poderia ser contada apenas pela natural força poética desses escritos, sustentada por um talento nato de cronista”.

E a leitura descortina mais, e aí ficamos sabendo que o grupo integra a Turma do Café e que pratica a arte do encontro há anos, com reuniões semanais para conversar sobre literatura, e elaborar projetos comuns que é para a conversa não se extinguir mesmo. Têm uma série de produções em conjunto, sendo este último livro, a 18ª publicação.

Fica a dica para a leitura do livro- Ano passado morri-... e para não nos separarmos mais dessa turma de escritores santa-marienses, que amam profundamente a literatura, garantindo sua continuidade e resistência. Autores para se acompanhar.

Compartilho aqui uma fala muito bonita do escritor Ronaldo Lippold, sobre esta produção:

“Mesmo com a Pandemia a Turma do Café não parou de se reunir toda quarta-feira, como vem fazendo desde muito tempo. A turma composta por Vitor Biasoli, Candinho, Orlando Fonseca, Odemir Tex, Carlos Rangel, Raul Maxwell, Francisco Ritter e Ronaldo Lippold tem por hábito essas reuniões semanais. Nelas, debatemos literatura, música e política, atualmente via Google Meet. Quase religiosamente, todo ano, lançamos alguma obra coletiva. No total foram cerca de dezessete obras conjuntas e com diversas formações. Poesia, crônicas e contos fazem parte dessa produção. O último ‘Ano passado morri...’ surgiu com o objetivo de homenagear o bardo cearense e começou a ser escrito em 2019. A escritora Tânia Lopes, amiga e parceira de letras, teve mais uma vez seu nome reunido ao grupo.

São contos que exprimem nossa admiração pelo poeta que empolgou o país com seus versos. O grupo escreve também individualmente e tem mais três títulos prontos para o ano que se inicia. Uma característica singular do grupo são as reuniões de quarta-feira, sempre em algum bar, onde livros são debatidos e trocados, gerando uma infinidade de divertidos debates. Sempre regados a petiscos, vinhos, cervejas e muitas risadas.”

Vânia Rey Paz

Professora do departamento de Administração

Campus da UFSM em Palmeira das Missões (RS).

 

Edição: Fritz R. Nunes

Imagens: Arquivo pessoal

Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

 

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