Dica cultural: disco de pianista brasileiro traz encontro entre jazz e rock SVG: calendario Publicada em 19/02/21 19h03m
SVG: atualizacao Atualizada em 19/02/21 20h07m
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Professor Cássio Tomaim, do departamento de Ciências da Comunicação, comenta disco ‘Rock’N’Jazz’

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Sextou na quarentena! E a dica cultural desta sexta, 19, é do professor Cássio Tomaim, do departamento de Ciências da Comunicação. Aqui, ele indica o disco ‘Rock’N’Jazz’, do pianista brasileiro Ari Borger, que, além de canções autorais, também leva a tônica do jazz a algumas músicas de bandas fundamentais do rock. 

*Como viemos fazendo desde o início da pandemia, a ideia, neste espaço, é convidar professores/as para indicarem alguma obra cultural, partilhando sugestões e percepções para que os finais de semana possam ser mais diversos e agradáveis – ainda que passados em casa devido ao necessário distanciamento social. Se você, professor/a, tem interesse em escrever sobre alguma obra – filme, documentário, livro, disco, peça teatral -, passa um email para sedufsm@terra.com.br.

Piano blues de Ari Borger traz nova sonoridade aos clássicos do rock'n roll

Para os amantes do velho e bom rock’n roll, o disco Rock’N’Jazz, de Ari Borger Trio, lançado em 2018, mescla o melhor da música negra estadounidense para colorir de notas as releituras de alguns clássicos do The Doors, The Rolling Stones, Beatles, entre outros. Mas o disco também entrega ao ouvinte temas autorais em que Ari Borger revela o melhor da sonoridade do jazz, do blues e do soul, como em “Crazy Dog”. Também somos presenteados com uma pitada de brasilidade com as faixas “Samba de Rhoads” e “Partido Alto”.  

Ari Borger foi o primeiro pianista brasileiro a gravar um disco solo de blues. Blues da Garantia (2000) foi gravado em New Orleans, nos Estados Unidos, onde o músico foi morar a partir de 1996 e se apresentou nas principais casas de show do gênero. Borger tem uma trajetória de prestígio no cenário do blues tendo já tocado com as principais lendas do piano blues, como Pinetop Perkins e Johnnie Johnson, além de abrir shows de B.B.King. Em 2011 e 2013 participou do “Cincy Blues Fest”, em Cincinnatti, o maior festival de piano blues e boogie woogie do mundo. Foi a primeira vez que um brasileiro pisou naquele palco, um feito inédito para um artista não americano. O curioso é que o convite para a primeira participação no festival veio depois que o organizador do evento descobriu Ari Borger no Youtube.

Em 20 anos de carreira gravou sete discos que fazem um registro sonoro da melhor expressão do blues tradicional, boogie woogie, soul e jazz. Seus discos sempre figuraram no Top 10 da Real Blues Magazine, publicação especializada no gênero. Rock’N’Jazz é o seu oitavo trabalho e o primeiro em formato de trio (antes era um quarteto), tendo a companhia de Marcos Klis no contrabaixo acústico e de Humberto Zigler na bateria e percussão. Este e outros trabalhos anteriores de Borger se valem da sonoridade do acústico dos instrumentos e preservam a energia e a naturalidade dos músicos em suas interpretações, aspectos valiosos quando se trata de um gênero que tem na sua essência o improviso. Sem muito espaço para a tecnologia que tem dominado o cenário musical, Rock’N’Jazz foi gravado ao vivo em estúdio em uma única seção. Ao ouvir o disco não tem como não nos imaginarmos em um bom bar, cercado de pessoas e um drink. Em tempos de pandemia e isolamento social fica o convite".

Cássio Tomaim

Docente do departamento de Ciências da Comunicação

 

Edição: Bruna Homrich

Imagens: rockbrasileiro.net e Arquivo Pessoal

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

 

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