Professores municipais entram em greve contra retorno inseguro à presencialidade SVG: calendario Publicada em 11/05/21 18h47m
SVG: atualizacao Atualizada em 11/05/21 19h22m
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Sedufsm declara sua solidariedade à greve sanitária em defesa da vida

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Em uma assembleia virtual que contou com a presença de 468 professores e professoras municipais de Santa Maria, 98% dos presentes votaram favoravelmente à deflagração de greve sanitária contra o retorno das aulas presenciais nas escolas da cidade. Celma Pietczak, uma das coordenadoras do Sinprosm, explicou que, atualmente, as escolas não têm condições de oferecer a segurança sanitária necessária para um retorno.

“Foi a maior assembleia dos últimos anos no Sinprosm. Além de ser muito representativa, também foi quase unânime. Há uma grande insegurança para o retorno. Nossas escolas nesse momento não têm condições de oferecer segurança sanitária – tanto pela questão dos insumos necessários para mantermos os protocolos, quanto pela questão do pessoal. Temos uma deficiência no pessoal de limpeza, que sempre é importante, mas nesse momento é fundamental para garantirmos os protocolos”, comenta a dirigente, que é coordenadora de Formação Sindical e Comunicação da entidade.

Celma explica que, no ensino fundamental e na educação infantil, é muito difícil manter os protocolos de segurança à risca. Outra questão que pesou para a aprovação da greve foi o impacto que o retorno escolar presencial causaria na comunidade santa-mariense como um todo. 

“Entre os colegas da educação infantil é unânime o entendimento de que não há como manter protocolos de segurança com as crianças. Isso tudo num momento em que ainda observamos a gravidade da pandemia, com uma ocupação de leitos elevada e uma alta taxa de transmissão. Colocar agora toda uma comunidade escolar circulando é algo irresponsável. Voltar presencialmente à escola não envolve somente o professor e o aluno. Temos toda uma comunidade que se coloca em movimento, seja usando transporte público, seja usando vans escolares ou mesmo pais levando seus filhos para a escola. Tudo isso aumenta a contaminação num momento em que o sistema de saúde já não está dando conta”, preocupa-se Celma.

Atividades remotas mantidas

A greve sanitária – ou ambiental – aprovada pelos professores municipais de Santa Maria não interfere nas atividades remotas que vêm sendo desenvolvidas com estudantes. Ou seja, os professores nunca pararam de trabalhar.

“A greve sanitária ou ambiental diz respeito a não estarmos presencialmente no ambiente de trabalho que oferece risco. Mas vamos continuar no trabalho remoto fazendo todo o atendimento aos estudantes”, salienta a dirigente.

Nesta terça, 11, à tarde, haveria reunião do Comando de Greve, onde se discutiria, dentre outras questões, a ampliação do diálogo a respeito da importância da greve com as escolas e professores não presentes à assembleia de deflagração do movimento. Duas condições são colocadas pelos grevistas para que as aulas presenciais retornem: um processo de vacinação massivo, e a garantia de estrutura e pessoal para que as escolas consigam manter os protocolos sanitários. 

“Está ocorrendo também uma responsabilização das gestões. A prefeitura faz o discurso sobre ser necessário considerar a realidade de cada escola. Mas, quando faz isso, acaba responsabilizando as gestões, que não têm aportes para garantir tudo que precisa. As escolas precisam estar efetivamente em condições”, critica Celma, que antecipa: o Sinprosm vai propor uma agenda de negociações com a prefeitura para o próximo período.

“Nós, professores municipais, temos uma lei municipal aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores e sancionada no dia 1º de abril. Essa lei ainda não saiu do papel. Nosso sindicato encaminhou um ofício para a prefeitura solicitando retorno sobre a previsão de um cronograma de vacinação dos professores. Ainda não tivemos nenhuma resposta. Trabalhamos com a ideia de que segurança sanitária se tem com vacinação massiva, mas também com a ideia de que existe uma lei municipal que coloca os professores em um grupo prioritário para a vacinação”, conclui a professora, referindo-se ao projeto de lei aprovado e que garante prioridade de vacinação para professores e demais trabalhadores da educação pública municipal, estadual e privada que mantenham contato direto com os alunos.

A Sedufsm, nas palavras de seu vice-presidente, Ascísio Pereira, oferece sua solidariedade ativa à greve. “Há um elemento central que é a solidariedade entre nós, trabalhadores de todas as áreas, e, de modo particular, trabalhadores da educação. É uma greve sanitária em defesa da vida e, sobretudo, para que o trabalho seja remoto até que as professoras e professores estejam todas e todos vacinados. Essa é uma recomendação fundamental para a preservação da saúde e para não disseminarmos mais o vírus. Então, em defesa da vida, toda a nossa solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras da rede municipal de ensino de Santa Maria”, ressalta Ascísio.

 

Texto: Bruna Homrich

Imagem: Sinprosm

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

 

 

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