Protesto em Santa Maria diz não ao genocídio e sim à vacina SVG: calendario Publicada em 19/06/21 17h36m
SVG: atualizacao Atualizada em 19/06/21 18h28m
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Manifestação levou centenas de pessoas à praça e às ruas neste sábado, 19 de junho

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Manifestantes descem pela rua Riachuelo em retorno à praça Saldanha Marinho

O tempo nublado e a ameaça de chuva não intimidaram as várias centenas de pessoas que foram à praça Saldanha Marinho, em Santa Maria, na manhã deste sábado, 19, e depois caminharam pelas ruas centrais da cidade, em protesto contra o governo de Jair Bolsonaro. A atividade fez parte de uma programação nacional, realizada em cerca de 400 cidades de todo o país, repudiando o negacionismo científico, considerado a causa da morte de 500 mil pessoas por Covid-19 no país. Além disso, a manifestação também teve o intuito de pedir agilidade no processo de vacinação da população.

O evento foi organizado pelo Comitê Popular em Defesa da Vida de Santa Maria, junto com diversos sindicatos, coletivos, movimentos sociais, entidades estudantis, partidos políticos de esquerda (PT, Psol, PCdoB, PSTU, PCB) e centrais sindicais (CUT, CSP-Conlutas, Intersindical, CTB).

Falando em nome da Sedufsm, o vice-presidente da entidade, professor Ascísio dos Reis Pereira (foto abaixo), buscou inspiração na banda de rock, Titãs, para sugerir que Bolsonaro e seus apoiadores devem ser devolvidos ao local de onde vieram, ou seja, ao lixo, ao esgoto, de onde vieram os “bichos escrotos”. Na visão do dirigente sindical, a democracia só voltará ao seu rumo no Brasil se o bolsonarismo for afastado do poder.

Aliás, a palavra de ordem mais usada durante o protesto foi o “Fora, Bolsonaro!”. A cada discurso, as últimas palavras clamavam pelo afastamento do Presidente da República. Em sua manifestação, o vereador e dirigente local do PCdoB, Werner Rempel, trouxe alguns dados comparativos para enfatizar que a culpa do número de mortos por coronavírus tem as digitais do Chefe do Executivo. Ele lembrou que, o Vietnã, por exemplo, que tem quase a metade da população do Brasil (96 milhões de pessoas), possui apenas 60 mortos, enquanto o Brasil bateu a casa de meio milhão de óbitos. “Este senhor (Bolsonaro) é um genocida e precisa ser afastado urgentemente”, defendeu Rempel.

PEC 32, Leite e Pozzobom

O presidente Bolsonaro e o seu governo recebeu a maioria absoluta das críticas em função de que, além de ter atrasado a compra de vacina, que poderia ter evitado milhares de mortes, ainda desenvolve uma política econômica que tem mantido o desemprego em níveis altíssimos, tem gerado aumento expressivo no preço dos alimentos, no gás de cozinha e na inflação. Por outro lado, concede um auxílio a quem está sem trabalho e que foi atingido pela pandemia, de valor irrisório.

No banner do sindicato dos servidores da UFSM (Assufsm), a lembrança de outro embate grave com o governo e sua base parlamentar no Congresso Nacional: a PEC 32, que objetiva através da denominada reforma administrativa, desmantelar os serviços públicos e retirar direitos de servidores e servidoras.

Contudo, o governo gaúcho de Eduardo Leite (PSDB) também recebeu críticas, especialmente as privatizações de estatais, sem que a sociedade tenha sido consultada, contrariando o próprio discurso de quando foi candidato. Quanto a Jorge Pozzobom, prefeito de Santa Maria, do mesmo partido que Leite, foi criticado pela sua conduta durante a pandemia, flexibilizando excessivamente medidas que geraram circulação de pessoas, aumentando a propagação de vírus. Do mesmo modo, por ter seguido à risca o decreto estadual de retorno às aulas presenciais.

As homenagens às vítimas em todo o Brasil

As manifestações deste sábado (19) aconteceram exatos 21 dias após a mobilização social anterior, realizada em 29 de maio, e coincidiram com a data em que o Brasil alcançou a triste marca de 500 mil vidas perdidas para a Covid-19. As vítimas foram lembradas e homenageadas durante os atos, que mobilizaram representantes das seções sindicais do ANDES-SN no Distrito Federal e em cidades de pequeno, médio e grande porte espalhadas pelas cinco regiões do país e em outros países.

Ciente do cenário atual da pandemia no país, o Sindicato Nacional, assim como outros movimentos sociais, centrais sindicais, entidades estudantis e demais grupos envolvidos nas mobilizações deste sábado, foram às ruas com responsabilidade e promoveram em suas convocações um trabalho de conscientização acerca da importância do uso de máscara (preferencialmente do tipo PFF2/N95), da manutenção do distanciamento social e da higienização das mãos com álcool gel para evitar a proliferação do vírus.

Conforme a presidente do ANDES-SN, “estamos nas ruas em defesa da vida e porque o maior ataque ao nosso país está na presidência da República, permitindo a morte de mais de 500 mil brasileiros e não temos mais condições de conviver com essa situação”, salientou Rivânia Moura, em discurso em frente ao Museu Nacional, local que serviu como ponto de concentração para a manifestação na Esplanada do Ministérios, em Brasília.

(Confira abaixo, em anexo, mais algumas fotos do protesto de Santa Maria. E, também, cerca de 50 fotos no facebook da Sedufsm. Só clicar no link: https://www.facebook.com/media/set/?vanity=sedufsm&set=a.3042381576040552)

 

Texto: Fritz R. Nunes (e acréscimos da assessoria do ANDES-SN)
Fotos: Fritz R. Nunes e Jonathan Oliveira (ANDES-SN)
Assessoria de imprensa da Sedufsm

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