ANDES-SN: centralidade na luta aponta greve contra reformas
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Atualizada em
24/01/18 13h44m
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Debate sobre prioridade de ações do sindicato ocorreu na plenária do Tema I do 37º Congresso
Ao final da noite de segunda, 22, após intensos debates e aproximadamente 50 manifestações, os cerca de 580 delegados (as) e observadores (as) presentes ao 37º Congresso do ANDES-SN, em Salvador, apontaram para a centralidade da luta, em 2018. Conforme o entendimento majoritário, o Sindicato Nacional e suas seções sindicais devem se dedicar a:
“Fortalecer a unidade de ação com os setores dispostos a barrar e revogar as contrarreformas. Construir as lutas e a greve do funcionalismo público federal, estadual e municipal em defesa da educação e dos serviços públicos e da garantia de direitos, rumo a uma nova greve geral. Fora Temer. Nenhum direito a menos.”
A deliberação foi tomada durante a plenária do Tema I, que tratou da análise de conjuntura e centralidade na luta. Durante cerca de cinco horas, os textos apresentados por docentes de diversas seções sindicais, com diferentes análises da conjuntura nacional, internacional e do movimento docente, foram debatidos.
Dos 10 textos enviados ao Caderno do 37º Congresso, um foi remetido à plenária do Tema 2, por solicitação dos autores da Associação dos Docentes e Profissionais da Educação a Distância do Rio de Janeiro - Seção Sindical do ANDES-SN (Adopead SSind.), e o texto 9 não foi defendido pela ausência dos autores.
Ao longo do debate, os participantes expressaram as diferentes análises de conjuntura e debateram questões como as contrarreformas impostas aos trabalhadores pelo governo de Michel Temer, as retiradas de direitos promovidas pelos governos anteriores e suas consequências para o setor da educação, além da Justiça seletiva e do julgamento do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que pode resultar no impedimento de sua candidatura.
Foram abordados também os ataques promovidos pelos governos estaduais, a situação dos trabalhadores aposentados e pensionistas, a necessidade de construção de uma nova greve geral para barrar a Reforma da Previdência, e ainda, o papel do Sindicato Nacional nesses processos e a participação em diversas lutas e ações de resistência contra os retrocessos. Foi destacada, também, a situação dos trabalhadores na América Latina.
Críticas a governos petistas
Durante o debate sobre conjuntura, o tema do julgamento do ex-presidente Lula foi lembrado também. Enquanto alguns congressistas afirmavam que o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff e a possível condenação do ex-presidente Lula aprofundaram e continuam aprofundando o golpe contra os direitos dos trabalhadores, várias vozes foram dissonantes em relação a isso, rememorando ações dos governos do PT.
Discursos lembraram o “golpe” de 2008, quando houve a fundação do Proifes, entidade que se contrapôs ao ANDES-SN com o apoio da CUT. Outros destacaram que a reforma da previdência, que agora o PT ataca, também teve um capítulo em 2003, quando o governo de Lula retirou direitos previdenciários dos servidores públicos, e que, depois, no governo Dilma, levou à criação do Fundo de Previdência Complementar (Funpresp). Algumas falas lembraram ainda que, por exemplo, nos governos petistas da Bahia, muitos ataques foram perpetrados contra o funcionalismo público.
Grupos mistos
No 37º Congresso do ANDES-SN, a terça-feira (23) foi dedicada às discussões nos grupos mistos de trabalho, com a abordagem do tema II. Nesta quarta, 24, turnos de manhã e tarde, os participantes do evento, que ocorre na Uneb, bairro do Cabula, em Salvador, discutem nos grupos os temas III e IV. A partir desta quinta, 25, pela tarde e noite, começam a ocorrer as plenárias deliberativas. Na quinta, durante tarde e noite, a plenária do Tema II. Já na sexta, 26, plenária do Tema III pela manhã e plenária do Tema IV, à tarde. No último dia (sábado, 27), pela manhã, a plenária do Tema IV e, à tarde, a plenária de encerramento, sem hora para acabar.
Texto: Fritz R. Nunes com informações do ANDES-SN
Fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm