38º Congresso: Unidade é elemento central na luta do ANDES-SN em 2019
Publicada em
29/01/19 15h14m
Atualizada em
29/01/19 15h42m
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Decisão foi tirada na plenária de Movimento Docente e Conjuntura
Um feito histórico nos espaços de decisão coletivas do ANDES-SN. Na noite da última segunda-feira, 28, após longos e intensos debates que tiveram início ainda à tarde, os docentes aprovaram, quase por unanimidade (não fossem algumas abstenções), a centralidade da luta para o ano que se inicia. Apresentado pelo presidente do Sindicato Nacional, Antônio Gonçalves, como uma forma de unificar os vários desafios colocados para a categoria docente, o texto que definiu a centralidade da luta é o seguinte:
“Atuar buscando maior mobilização da base, pela construção de uma ampla unidade para combater a contrarreforma da previdência, as privatizações e revogar a EC 95. Defender a livre expressão, organização e manifestação, enfrentando as medidas antidemocráticas de extrema direita: defender os direitos fundamentais dos (as) trabalhadores e trabalhadoras; os serviços e os (as) servidores (as) públicos (as), bem como o financiamento público para Educação, Pesquisa e Saúde Públicas. Para tanto, empenhar-se na construção de uma Frente Nacional Unitária, como espaço de aglutinação para essa luta, contribuindo assim para avançar na organização da classe trabalhadora”.
Unidade, resistência e organização são as palavras-chave que condicionam a efetividade das lutas contra as reformas e as privatizações. E, nas cerca de 50 falas protagonizadas por professores, estes foram justamente os elementos mais destacados, em conjunto com a necessidade de barrar o avanço da extrema direita.
Caiuá Cardoso Al-Alam, da secretaria regional RS do ANDES-SN, lembrou que o governo de Jair Bolsonaro irá empreender uma verdadeira cruzada contra os grupos mais vulneráveis da população brasileira, a exemplo dos indígenas, negros e negras, LGBT’s. “Esses grupos serão o foco das políticas do governo”.
Para o presidente do ANDES-SN, Antonio Gonçalves, "o texto final deu conta tanto da necessidade de unidade através de uma frente, como apontou as prioridades de luta nesse próximo período. Fala sobre a defesa das liberdades democráticas, livre expressão do professor em sala de aula, combate a todas as medidas e projetos do governo, que nós caracterizamos como um governo de extrema direita. Apontamos um caminho com muita solidez no sentido da unidade, e sinceramente espero que os outros temas que debateremos conservem esse mesmo espírito e consigamos sair do congresso com resoluções bastante unitárias para voltarmos à base. As resoluções são inócuas se a gente não conseguir, na base, transformá-las em ações efetivas de lutas, e colocar nossa base em movimento tem sido um grande desafio".
Tais discussões ocorreram durante a plenária do tema I – Movimento Docente e Conjuntura, que marcou o primeiro dia do Congresso. O evento, que este ano traz como tema “Por Democracia, Educação, Ciência, Tecnologia e Serviços Públicos: em defesa do trabalho e da carreira docente, pela revogação da EC/95”, acontece até o sábado, 2 de fevereiro, na Universidade Federal do Pará (UFPA).
Participam do 38º Congresso 79 seções sindicais, 393 delegados (as), 156 observadores (as), 40 diretores (as) do ANDES-SN e 10 convidados (as), totalizando 599 participantes. A Sedufsm participa com uma delegação composta por cinco professores (as), escolhidos (as) em assembleia no mês de dezembro: Júlio Quevedo, Gihad Mohamad, Luciana Carvalho, Hugo Blois Filho, Maristela Souza e Nara Quadros.
Texto e fotos: Bruna Homrich
Assessoria de Imprensa da Sedufsm