Sindicatos e movimentos sociais protocolam novo pedido de impeachment
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Atualizada em
14/07/20 17h01m
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CSP-Conlutas é signatária do documento de 133 páginas que aponta conduta temerária do presidente Bolsonaro
Nesta terça, 14, um ato simbólico no gramado do Congresso Nacional, em Brasília, marcou o protocolo de mais um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O documento é assinado por dezenas de organizações sindicais, dos movimentos sociais e populares, além de juristas, intelectuais, artistas e outras personalidades da sociedade civil. No pedido de 133 páginas, os autores citam a atuação temerária do governo de Bolsonaro que se agravou durante a epidemia da Covid-19, más condutas na área ambiental, ataques contra a imprensa, entre vários motivos que caracterizam crime de responsabilidade.
A CSP-Conlutas é uma das signatárias do documento, juntamente com várias entidades filiadas, e, nesta terça, participou do ato, juntamente com dirigentes e ativistas do Sindicato Nacional dos Docentes (ANDES-SN), do MRP (Movimento de Resistência Popular) e trabalhadores da Previdência.
O pedido de afastamento do presidente da República também é assinado por outras centrais sindicais, movimentos sociais e tem entre apoiadores nomes como da subprocuradora geral da República aposentada, Deborah Duprat, do cantor e compositor Chico Buarque, do escritor Fernando Morais, dos comentaristas esportivos Juca Kfouri e Walter Casagrande, entre vários outros nomes.
A manifestação ocorrida nesta terça-feira faz parte da Jornada de Lutas, ocorrida nos últimos dias 10 a 12 de julho, que contou com mobilizações pelo país na sexta e uma plenária nacional virtual no sábado, além de protestos no domingo.
Conforme nota da CSP-Conlutas, entidade à qual o ANDES-SN é filiado, a central se soma a essa campanha mantendo sua independência e autonomia, especialmente ao levantar as bandeiras aprovadas nas suas instâncias desde o início da pandemia: “Em defesa da vida, quarentena geral com garantia de emprego e renda digna para todos. Fora Bolsonaro e Mourão, já!”.
Avaliação
Na avaliação do dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, “a ação no dia de hoje (terça) fortalece a luta geral para colocar para fora Bolsonaro e Mourão. E isso é urgente, pois estamos falando de 70 mil famílias que choram seus mortos, mais de 1,8 milhão de pessoas infectadas, sem contar o desemprego que se agrava no país e os ataques aos direitos trabalhistas”.
Para Atnágoras, “sem depositar nenhuma confiança neste Congresso, que age como um balcão de negócios para rifar os direitos dos trabalhadores, esse pedido de impeachment se soma à mobilização para botar para fora este governo, uma luta que precisa avançar com unidade e ações concretas como a que já aponta para um novo dia nacional de luta para o dia 7 de agosto”, enfatiza o dirigente da Central.
Fonte: CSP-Conlutas
Imagens: CSP-Conlutas e Brasil de Fato
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)