Dica cultural: professor recomenda “quando o som bate no peito” SVG: calendario Publicada em 25/06/21 16h00m
SVG: atualizacao Atualizada em 25/06/21 17h42m
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Vitor Biasoli faz a resenha do livro do jornalista e produtor cultural, Márcio Grings

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Sextou na quarentena! Nesta sexta, 25, a dica cultural é de Vitor Biasoli, professor aposentado do departamento de História da UFSM. Escritor e cronista, Biasoli mostra seu encantamento com a mais recente publicação do jornalista, radialista e produtor cultural santa-mariense, Márcio Grings. “Quando o som bate no peito” rememora detalhes de shows de grandes astros, que foram presenciados por Grings, entre eles, Roger Waters, Bob Dylan e Paul McCartney. Ao todo, são 34 resenhas de shows, informa a capa do livro, impresso na Palotti, e que pode ser adquirido via internet: memorabiliastore.com.br/produtos/quando-o-som-bate-no-peito. Boa leitura (e boa audição)!

“Quando o som bate no peito

O mais recente livro de Márcio Grings, lançado nesse segundo inverno da peste, é uma celebração das aglomerações roqueiras proporcionadas por grandes artistas internacionais do naipe de Eric Clapton, Roger Waters, Bob Dylan e Chrissie Hynde, em Santa Maria e Porto Alegre, a maioria entre 2011 e 2019. Na qualidade de repórter cultural, o autor foi a 34 espetáculos musicais (no Plataforma 85, no Beira-Rio, no Auditório Araújo Viana, entre outros locais), e produziu artigos que publicou no calor da hora.

Para o livro, reviu cada um dos textos e o resultado, além do comentário de cada um dos shows. É uma espécie de roteiro (com informações precisas, set lists) para melhor apreciação das obras dos artistas que o autor teve o privilégio de ver e ouvir de perto. “Ouvir ao vivo não tem preço”, o cronista registra ao longo do livro, impregnando suas observações com as emoções de um velho roqueiro.

Nascido em Santa Maria, em 1970 (“numa pequena aldeia” do Rio Grande do Sul), o autor desbundou para o mundo do rock internacional (e da contracultura, claro) ao longo dos anos 1980 e é com esse sentimento que Márcio Grings se coloca na plateia, bem na frente do palco, para ver e ouvir seus astros musicais. É o homem reencontrando os artistas que fizeram sua cabeça de adolescente e a procura do “elo perdido” com o universo roqueiro e contracultural dos anos 60 e 70 (quando muitos daqueles músicos despontavam).

O cenário musical mudou radicalmente nos anos 2000 e o livro reflete isso. Se até 1980, os espetáculos de artistas internacionais eram raros em Porto Alegre, essa situação mudou muito nas últimas décadas. Assim como a arte da encenação musical se transformou (com a utilização dos estádios como teatros para peças musicais e cenográficas), ocorreram mudanças no consumo de música (com a queda do comércio dos CDs, por exemplo), os espetáculos ao vivo se difundiram e até o Rio Grande do Sul passou a ser roteiro dos grandes astros.

O “negócio musical” mudou e muitas vezes a parafernália teatral/coreográfica dos espetáculos se sobrepôs à performance individual dos artistas. Presente nesses mega shows em espaços grandiosos (o Estádio Beira-Rio, o Estacionamento da FIERGS), Márcio Grings está atento a essa nova mise em scene do rock internacional. Emocionado, deixando o som bater fundo no peito, não esquece os velhos LPs, as fitas cassetes e toda a informação acumulada ao longo de quatro décadas, e, dessa forma, que avalia e reavalia a performance dos artistas. Um olhar atento sobre o mundo musical.

O resultado é geralmente positivo e o autor não se incomoda com as mudanças do “negócio musical”. O som continua legal, bate no peito e permite grandes emoções. Não tem preço a alegria de estar presente num show de rock, Márcio registra depois de assistir Paul McCartney (no Beira-Rio, em 2017). Para o leitor, aqueles que não estiveram presentes ao espetáculo, fica o incentivo de ouvir as canções indicadas e essa é uma tarefa que não tem fim. Como escreve Luciano Teles no posfácio, é um livro para ler aos poucos, um texto de cada vez, “tateando os cenários descritos”. Ler e ouvir, eu diria, pois, da minha parte, ainda não terminei as resenhas dos shows de Eric Clapton (2011) nem do Jethro Tull (2017), isto é, não escutei todas as músicas apontadas e comentadas.”

Vitor Biasoli

Prof. aposentado do depto. de História da UFSM.

 

Edição: Fritz R. Nunes
Fotos: Fábio Codevilla, Fabiano Dallmeyer, Rede Sina e arquivo pessoal
Assessoria de imprensa da Sedufsm

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