Plenária reforça que UFSM só retorna à presencialidade com 70% da população vacinada SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 30/06/21 17h59m
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Segmentos também cobrarão do CEPE que calendário suplementar não seja concomitante ao calendário regular

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Quase 60 pessoas, entre docentes, chefes de departamentos, coordenadores/as de curso, integrantes do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), dirigentes sindicais e representações estudantis, participaram da plenária convocada pela Sedufsm para a tarde da última terça-feira, 29. Na pauta estava a discussão sobre o calendário acadêmico da UFSM, especialmente o que se refere ao segundo semestre letivo de 2021. A realização da plenária foi um encaminhamento da assembleia docente ocorrida no dia 24 de junho. 

Após quase três horas de discussão, os participantes da plenária chegaram a cinco eixos consensuais acerca da temática. Eixos que serão os norteadores de documento a ser elaborado pela Sedufsm e protocolado para o CEPE como embasamento à discussão sobre o calendário do próximo semestre, sobre a situação da presencialidade na instituição e sobre a forma como se dará a recuperação dos conteúdos que ficaram para trás desde quando passou a vigorar o Regime de Exercícios Domiciliares Especiais (REDE).

Os encaminhamentos da plenária foram os seguintes: 1) Retorno presencial condicionado à garantia de condições sanitárias e imunização de no mínimo 70% da população; 2) Garantia de 30 dias, no mínimo, entre o semestre 2021/02 e o próximo semestre a ser encaminhado, período em que seja possível ao servidor solicitar suas férias; 3) Garantia de que o Calendário Suplementar ocorra sem concomitância com o calendário regular; 4) Estudo sobre a possibilidade de um recesso ampliado, considerando a suspensão de atividades acadêmicas e administrativas para docentes, TAEs e estudantes; 5) Que o calendário da Pós-graduação seja unificado com a graduação até que se resolvam as condições de planejamento acadêmico na UFSM.

Proposta da Sedufsm

Antes da plenária, a diretoria da Sedufsm havia se reunido e construído uma contraproposta de calendário, que foi apresentada nesta terça pela diretora Neila Baldi, também integrante do CEPE.

Segundo a proposta original de calendário que chegou para os membros da Comissão de Legislação e Normais (CLN) e da Comissão de Ensino e Pesquisa (COMEPE) do CEPE, o início do segundo semestre letivo de 2021 estaria previsto para o dia 4 de outubro, com um período reservado para a Jornada Acadêmica Integrada (JAI) em novembro e para o Descubra UFSM em dezembro. Após um breve recesso de atividades entre o Natal e o Ano novo, as aulas retornariam em janeiro, sendo encerradas em 12 de fevereiro e os diários de classe entregues no dia 18 do mesmo mês.

De início, a diretoria da Sedufsm já observou, mais uma vez, que a proposta de calendário foi enviada com certo açodamento, sem deixar muitas brechas para o diálogo e a construção coletiva com os segmentos.

A diretoria, então, elaborou uma contraproposta que acrescia dois pontos ao texto original: o primeiro ponto era a garantia de férias coletivas em janeiro, considerando que, desde março de 2020, muitos docentes, técnicos e estudantes não conseguiram, de fato, reservar um período para o descanso. Tais férias coletivas não anulariam as excepcionalidades, de forma que docentes que ocupam cargos de chefia ou que estariam envolvidos em bancas de avaliação no mês de janeiro poderiam negociar, bem como estudantes e técnicos que também estivessem nessa situação. A ideia de férias coletivas, contudo, não foi acatada pela plenária, que levantou as possíveis disparidades e prejuízos decorrentes de uma pausa no meio do semestre.

O outro ponto trazido pela diretoria era a necessidade de que fosse garantido um semestre suplementar presencial para reposição dos conteúdos perdidos no decorrer da vigência do REDE. Essa garantia já estava prevista quando da implementação do modelo de ensino remoto na instituição, contudo, em resolução recente, a universidade abre a possibilidade de que os cursos façam uma análise junto à comissão de biossegurança e solicitem à Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) o retorno de algumas disciplinas práticas ou teórico-práticas. O temor, na diretoria, é de que essa flexibilização responsável por permitir o retorno de alguns cursos e disciplinas signifique, na prática, a recuperação dos conteúdos perdidos e que deveriam ser repostos durante um semestre suplementar presencial.

Assim, a diretoria apresentou à plenária, que acatou a proposta, a necessidade de solicitar, junto ao CEPE, que o calendário suplementar não ocorra de forma concomitante com o calendário regular via REDE.

Outro motivo para insistir na garantia do suplementar não concomitante diz respeito à situação dos/as professores/as, que possivelmente teriam dificuldades para dar conta do semestre regular ocorrendo via REDE e das disciplinas práticas que retornassem no segundo semestre deste ano. “Se estamos no REDE, com nossos encargos didáticos costumeiros, e começamos a trazer as disciplinas práticas lá de trás, pode acarretar sobrecarga”, explica Neila.

E, mesmo após se obter a garantia de que o calendário suplementar presencial não ocorrerá em concomitância com o REDE, a diretoria da Sedufsm e a plenária unificada ressaltam: a discussão sobre quando esse calendário pode ser colocado em prática, ou seja, sobre quando a presencialidade poderá retornar à UFSM, depende, incondicionalmente, do contexto de segurança sanitária observado tanto local quanto nacionalmente.

Embora professores/as e técnicos/as já tenham recebido, via de regra, a primeira dose da vacina contra a Covid-19, a imunização só ocorre após a segunda dose. Ainda assim, a vacinação da comunidade universitária não seria justificativa suficiente para promover o retorno, necessitando de pelo menos 70% da população vacinada com as duas doses.

A previsão é de que o debate sobre o segundo semestre letivo e a flexibilização da presencialidade chegue ao CEPE no dia 9 de julho. Até lá, a diretoria terá protocolado, junto à instância, um documento contendo os encaminhamentos dos/as docentes, técnicos/as e estudantes presentes à plenária desta terça.

 

Texto e print: Bruna Homrich

Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

 

 

 

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