Convergências e divergências na plenária de conjuntura do 40º Congresso SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 29/03/22 11h23m
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Diretora da Sedufsm avalia que faltou mais debate sobre efeitos das políticas do governo Bolsonaro

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Votação de delegados (as) durante a plenária de instalação do 40º Congresso

O 40º Congresso do ANDES-SN teve a primeira plenária temática ainda na tarde de domingo (27) e abordou a Conjuntura e o Movimento Docente. Os debates foram orientados por 14 textos enviados ao Caderno do Congresso pela diretoria nacional, pelas seções sindicais e docentes da base do Sindicato Nacional. O evento teve início na manhã de domingo e ocorrerá até quinta-feira (31) na cidade de Porto Alegre (RS).

A importância da luta travada contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32 durante 2021 e, em unidade com demais categorias dos serviços públicos, e o aprendizado com essa experiência foi destacada em várias falas. Muitas delas também abordaram o processo eleitoral presidencial deste ano e a importância de seguir em defesa do Fora Bolsonaro, nas ruas e nas urnas, sem abdicar da autonomia do Sindicato Nacional frente a partidos e governos.

Muitas das 53 explanações destacaram, ainda, a guerra na Ucrânia, e em diversos países pelo mundo, a defesa da soberania dos povos, a questão da pandemia de Covid-19 e como a crise sanitária contribuiu para o aprofundamento das crises social e financeira, para a carestia, desemprego e fome.

A importância da resistência das mulheres, de negros e negras, da população LGBTQIA+, de indígenas, quilombolas e ribeirinhas na centralidade da luta do Sindicato Nacional foi destacada em diversas intervenções, assim como a necessidade de enfrentar os ataques à categoria docente e à Educação pública, tanto pelo governo federal quanto pelos governos estaduais.

Avaliação da Sedufsm

Para a secretária-geral da Sedufsm, Márcia Morschbacher, que é delegada no Congresso, a plenária de conjuntura demonstrou em quais aspectos há convergências e em quais há divergências na análise da conjuntura em que se situam as Universidades, Institutos Federais e CEFET e a categoria docente. “Infelizmente, não temos mais deliberação acerca de resolução sobre a centralidade da luta a partir da análise da conjuntura”, disse ela.

Conforme a diretora da seção sindical, o conteúdo da plenária foi acertado “no reconhecimento da crise e dos ataques que sofremos a partir da política de Bolsonaro-dos salários às condições de trabalho- e que ameaçam a existência dos serviços públicos, entre eles, a educação, mas deveria ter avançado mais em como essa situação rebate nas questões essenciais e concretas que dizem respeito à categoria docente e sobre os desafios que o ANDES-SN e suas seções sindicais têm a enfrentar diante da situação”.

Dentre os desafios a serem encarados, Márcia destaca as condições do retorno ao ensino presencial, a situação das carreiras, o balanço da mobilização para a campanha salarial e da construção da greve unificada dos/as servidores públicos federais e como avançar, e a recomposição do orçamento para as instituições e para a ciência e tecnologia).“Espero que no decorrer do congresso estas questões sejam abordadas e que possamos sair do evento com resoluções que apontem de forma concreta para o seu enfrentamento e para a mobilização da categoria a partir de reivindicações concretas”, enfatiza.

Textos de conjuntura

Os textos que abordaram “Conjuntura e Movimento Docente trouxeram algumas contribuições como:

“Fortalecer a CSP-Conlutas e construir um polo socialista e revolucionário como uma alternativa política da classe trabalhadora na luta por um governo socialista dos trabalhadores”; “Em defesa da vida, para além do capital”;

“Fora Bolsonaro! Revogar as contrarreformas! Reajuste salarial e recomposição orçamentária! Retorno presencial com segurança!”; “Derrotar o bolsonarismo e resgatar o ANDES-SN – autônomo, classista e combativo”;

“Crise econômica e pandêmica: capitalismo descarrega sua crise sobre as costas dos trabalhadores e as direções sindicais e políticas colaboram com capitalistas e governos”; “Contra a barbárie do capital, avançar na luta além da conjuntura e com um programa socialista”; “Crise estrutural do capitalismo: sim ou ainda não? Bolsonaro: destruição em curso das conquistas da classe trabalhadora no pano de fundo das eleições de 2022?”;

“100 Anos de luta anticapitalista! Viva a classe operária internacional! Fora Bolsonaro/Mourão! Lutar pelo poder popular e a universidade popular!”; “Voltar a Marx e ao socialismo revolucionário para sair da barbárie capitalista”; “Nas ruas e nas urnas contra Bolsonaro e em defesa da educação pública!”;

“A centralidade como instrumento de luta”; “Unidade para derrotar o neofascismo e avançar na defesa dos direitos sociais e dos serviços públicos!”; “Na crise sem precedentes, que lugar o ANDES-SN deve ocupar? Manter o sindicato independente”.

Os autores e autoras tiveram 7 minutos cada para apresentar seus argumentos. Na sequência, respeitando a paridade de gênero, foram sorteadas 20 falas para professoras e 20 falas para professores. A plenária do Tema 1 não foi deliberativa, mas é a oportunidade para que os diferentes grupos que se organizam dentro do ANDES-SN apresentem suas posições e análises. Os debates travados no domingo contribuirão para orientar as discussões nos grupos de trabalho e as deliberações nas demais plenárias, nos próximos dias de congresso.

ANDES-SN analisa

Para Jennifer Webb Santos, 3ª tesoureira do ANDES-SN que presidiu a mesa da Plenária do Tema 1, os debates ocorridos durante tarde e noite deste domingo se pautaram pela democracia interna que sempre se fez presente no ANDES-SN, permitindo que as diferentes opiniões e posições se expressem e reflitam a pluralidade de ideias da base do Sindicato Nacional.

“Foi uma plenária muito longa, com cinco horas de debates muito importantes para a categoria e muito diversos também, que expressaram a diversidade que é o ANDES-SN e, principalmente, a democracia que temos no Sindicato Nacional, onde cada seção sindical, cada agrupamento ou uma pessoa apenas pode submeter a esse Congresso o seu pensamento, a forma como lê a conjuntura e o movimento docente. Esse é o momento que expressa o mais profundo da democracia desse sindicato”, avaliou a 3ª tesoureira do ANDES-SN.

Grupos de trabalho encerram-se nesta terça

A segunda-feira, 28, foi dedicada aos grupos de trabalho mistos do 40º Congresso do ANDES-SN. Os debates grupais encerram na manhã desta terça-feira, 29 de março. A partir da tarde desta terça iniciam as plenárias que se estendem até a próxima quinta-feira, 31 de março, último dia do evento. Na sexta, 1º de abril, ocorre um ato público em Porto Alegre em defesa das liberdades democráticas, no qual o Sindicato Nacional é uma das entidades organizadoras.

Acompanhe abaixo, em anexo, mais fotos e o caderno de textos do Congresso.

 

Texto e imagens: Fritz R. Nunes com informações do ANDES-SN
Assessoria de imprensa da Sedufsm

 

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- Caderno de textos

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