Dica: professora recomenda livro de poeta português SVG: calendario Publicada em 08/04/22 11h10m
SVG: atualizacao Atualizada em 08/04/22 11h18m
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Eliana Menezes sugere Valter Hugo Mãe em uma leitura contra o individualismo e a favor do amor

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Sextou! Nesta sexta, 8 de abril, a dica cultural vem da professora Eliana Pereira Menezes, do departamento de Educação Especial da UFSM. A docente sugere a leitura de “O paraíso são os outros”, do escritor e poeta português Valter Hugo Mãe. A publicação tem 64 páginas e é encontrada na internet por preços que variam entre 25 e 30 reais. Segundo a descrição de Eliana, “trata-se de um livro que fala de amor; o amor ‘entre’; o amor que “constrói”. Confira o texto da dica, abaixo.

“O paraíso são os outros

“Estou cada vez mais certa de que o paraíso são os outros. Vi num livro para adultos. Li só isso: o paraíso são os outros. A nossa felicidade depende de alguém. Eu compreendo bem” (p. 34)

Em tempos de intenso individualismo, manifesto na naturalização da indiferença diante das diversas práticas de preconceito, exclusão, julgamento, precarização e abandono de determinadas existências; quando preocupar-se com o outro parece não ser mais prioridade para muitos, encontrar com Valter Hugo Mãe e sua sensível forma de olhar a vida é sem dúvida um presente e uma possibilidade de respiro.

Em “O paraíso são os outros” (2018), o escritor/poeta português narra, sob os olhos da infância, a potência transformadora do “estar junto”. Encontrar-se com; abrir-se ao humano; ir em direção ao outro; sair de si. Um “si” e um “outro” não prontos, não acabados, nem fechados, mas humanos, que se constroem no diálogo, no entre. Um “si” e um “outro”, a priori desconhecidos, que constituem sua humanidade porque compartilham a vida neste mundo e neste tempo. “A humanidade começa nos que te rodeiam, e não exatamente em ti” (p. 56) nos lembra Valter Hugo Mãe.

Após a leitura das poucas (e intensas) páginas de “O paraíso são os outros”, é impossível não nos sentirmos convidados a um autoexame. O que e quem priorizamos? Como cuidamos de nós e do outro? Quanto estamos disponíveis a dedicarmos tempo a partilhar com quem faz a vida ganhar sentido? Trata-se de um livro que fala de amor; o amor “entre”; o amor que “constrói”. “Amar é um trabalho bom. A minha mãe diz” (p. 8).

Trata-se, sobretudo, de uma reafirmação sobre a urgência de atentarmos para o amor como uma forma de estar no mundo em que todo o outro importa. “O amor é um sentimento que não obedece nem se garante. Precisa de sorte e, depois de empenho. Precisa de respeito. Respeito é saber deixar que todos tenham vez. Ninguém pode ser esquecido” (p. 260). Boa leitura!!!”.

Eliana Pereira Menezes

Professora do departamento de Educação Especial da UFSM.

Imagens: Youtube e arquivo pessoal
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

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