Dica: livro aborda “novidades” do mundo do trabalho SVG: calendario Publicada em 10/06/22 10h29m
SVG: atualizacao Atualizada em 10/06/22 11h05m
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Integrantes do Grupo ‘Kairós’ da UFSM indicam publicação do professor Vitor Filgueiras

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Vitor Filgueiras, autor do livro, em live abordando o tema

Sextou! E nesta sexta, 10 de junho, a dica cultural é sugerida pela professora Liliana Ferreira e pelo doutorando em Educação, Gislei Scapin, ambos integrantes do Grupo de Estudos Kairós, da UFSM. E a sugestão é a leitura do livro do professor Vitor Araújo Filgueiras tratando sobre as “novidades” do mundo do trabalho. Em “É tudo novo”, de novo: as narrativas sobre grandes mudanças no mundo do trabalho como ferramenta do capital”, lançada em novembro de 2021 pela editora Boitempo, o autor procura estimular o debate sobre as mudanças no mundo do trabalho, além de alertar sobre a retórica do capital para manter a sua hegemonia. Confira a íntegra do texto da dica cultural abaixo.

“‘É tudo novo’, de novo...

Como o capital articula suas forças e se mobiliza estrategicamente para legitimar, reproduzir e radicalizar as práticas empresariais e as políticas públicas para atacar aqueles que vivem do (seu próprio) trabalho? Qual a tática utilizada pelos agentes do capital, no âmbito da disputa política, para convencer os trabalhadores e as instituições da urgente adaptação a uma suposta “nova” realidade? O que há dissimulado na narrativa da modernização no mundo do trabalho?

Propor alternativas para identificar e perquirir essas questões é tarefa assumida pelo professor Vitor Araújo Filgueiras, em seu recente livro: “É tudo novo”, de novo: as narrativas sobre grandes mudanças no mundo do trabalho como ferramenta do capital. A obra, publicada pela Boitempo Editorial no ano de 2021 (novembro) e situada na Coleção “Mundos do Trabalho”, foi divulgada à crítica no intuito de estimular o debate acerca das mudanças e “novidades” no mundo do trabalho e alertar sobre a retórica do capital para preservar a sua hegemonia e o gerenciamento do status quo da sociedade.

Contando com considerações e destaques de Ricardo Antunes (professor titular de sociologia do trabalho no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas – IFCH/Unicamp) e com o prefácio de José Dari Krein (pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho – Cesit/IE/Unicamp), o livro em questão, apresenta as “novidades” mobilizadas pela narrativa do capital e, posteriormente, eleva-as ao confronto com os dados da realidade, buscando desmistificar o discurso e identificar o nexo causal entre as narrativas e a materialidade. Didaticamente, o autor agrupa as narrativas do grande capital em quatro eixos: 1) novo cenário internacional; 2) novas tecnologias; 3) novas empresas; 4) novos trabalhadores. É tudo “novo” (!?).

Nas palavras de Vitor, metodologicamente o livro sintetiza “achados e argumentos de minhas pesquisas e atividades profissionais nos últimos quinze anos. Parte fundamental das percepções e análises desenvolvidas nesse período decorre de minhas atividades como auditor fiscal do trabalho, cargo que ocupei entre 2007 e 2017”. Ademais, considera os resultados obtidos em suas pesquisas de doutoramento, defendida em 2012, e pós-doutoramento, entre 2014 e 2016, uma na Unicamp e outra na Universidade de Londres, assim como os resultados, finais ou em andamento, de projetos de pesquisa e extensão submetidos a sua coordenação ou participação.

A tese do autor é que, a partir de recursos ideológicos de convencimento (coação e consentimento), as narrativas do capital acerca das “novidades” no mundo do trabalho (flexibilização, terceirização, empreendedorismo, por exemplo): “buscam legitimar políticas públicas e práticas que destroem direitos e condições dignas de trabalho, ampliam a desigualdade e o desemprego”. Entende-se, com isso, que a tarefa assumida por Vitor e levada a cabo em “é tudo novo”, de novo é questionar: o que há de “novo”? E a quem interessa essas “mudanças” ou a narrativa sobre elas? Qual o fundamento destas narrativas sobre as mudanças e novidades no mundo do trabalho? Tais questionamentos são oportunos mediante a todo e qualquer discurso, retórica, narrativa ou anuncio produzido pelo capital para reivindicar alguma mudança ou ajuste em sua estrutura e dinâmica, sob o pretexto de ‘modernização’.”


Liliana Ferreira
Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFSM). Líder do Kairós - Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho, Educação e Políticas Públicas.

 



Gislei José Scapin
Doutorando em Educação – PPGE/UFSM

Membro-Pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho, Educação e Políticas Educacionais - Kairós/UFSM.

 

Imagens: Youtube e Arquivo pessoal
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

 

 

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