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24/06/2022 24/06/2022 15h40m | A+ A- | 214 visualizações
Versão mais recente do filme data do ano de 2017
Sextou! Nesta sexta, 24 de junho, a dica cultural é da professora Karen Kraemer, do departamento de Ciências da Comunicação da UFSM, campus de Frederico Westphalen. Ela indica a obra “imortal” do baiano Jorge Amado, ‘Dona Flor e seus dois maridos’. Para a docente, revisitar essa história vale a pena nas suas várias versões: começa pelo livro, evidentemente, avança para o filme de 2017, a mais recente adaptação, dirigida por Pedro Vasconcelos, mas sem jamais ignorar, do ponto de vista fílmico, a produção marcante de 1976, dirigida por Bruno Barreto. Leia a dica abaixo.
“Algumas histórias merecem ser recontadas. Este é o caso do texto internacionalmente conhecido "Dona Flor e seus dois maridos", do escritor baiano e imortal, Jorge Amado. Transpor o texto do livro para a obra audiovisual e recontar a história da quituteira soteropolitana Florípedes ou D. Flor (Sônia Braga) e seus bons e maus momentos amorosos com o primeiro marido "Vadinho" (José Wilker) e o cotidiano retilíneo com seu segundo esposo "Teodoro" (Mauro Mendonça), foram filmados e ganharam as telas brasileiras na primeira versão, dirigida por Bruno Barreto, em 1976. Desde lá as personagens integram o imaginário nacional.
Filme veiculado em 1976
A versão mais recente destinada às telas de cinema, dirigida por Pedro Vasconcelos (2017), apresenta um filme com um viés mais cômico da obra de Jorge Amado, e conta com as atuações de Juliana Paes (D. Flor), Marcelo Farias (Vadinho) e Leandro Hassum (Teodoro).
Para quem não leu a obra de Amado, a segunda versão é um longa-metragem que apresenta uma narrativa com alguns "flashbacks", construindo uma boa exposição e apresentação das personagens a partir da condução emocional das ações cênicas de cada personagem. Misticismo, candomblé, religiosidade, culinária e manifestações culturais diversas trazem representações baianas reconhecidas nos demais estados brasileiros, e, quem sabe, até no exterior, a exemplo do longa metragem "O pagador de promessas". Esse foi dirigido por Anselmo Duarte (1962), com interpretação de Leonardo Villar (Zé do Burro) e Glória Menezes (Rosa), premiado com a Palma de Ouro em Cannes no mesmo ano de 1962, que também mostra a Bahia e o sincretismo religioso como ambientação fílmica. Os temas baianos trazem discussões humanas, histórias representativas da cena universal.
Filme veiculado em 2017
Na versão do diretor Pedro Vasconcellos (2017), a trilha sonora de "Dona Flor e seus dois maridos" é especial e local. Traz canções de Doryval Caymmi em várias interpretações de Maria Bethânia. Ótimas escolhas que reforçam a história visual e textual das personagens. Incluir a voz importante e representativa do recôncavo baiano demonstra um assertivo respeito à cidade, ao estado da Bahia, à cultura musical local e à importante referência aos músicos, compositores e intérpretes que sempre levaram as histórias e vivências da Bahia para todo o país. Assista ‘Dona Flor e seus dois maridos’ na primeira versão com as impressionantes atuações de Sônia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça, ou no remake, com os jovens atores Juliana Paes, Marcelo Farias e Leandro Hassum. Aproveite o clima frio e leia a obra original do escritor baiano Jorge Amado e se delicie com as falas e características das personagens a quem Amado trouxe o "sopro de vida". Você vai se divertir”.
Karen Kraemer
Professora do departamento de Ciências da Comunicação da UFSM em Frederico Westphalen.
Imagens: Divulgação e arquivo pessoal
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)
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