Dica: a leitura sempre atual de ‘Quarto de despejo’ SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 25/11/22 14h57m
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Professor Luiz Carlos da Rosa sugere o livro de Carolina Maria de Jesus

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Sextou! Nesta última sexta do mês de novembro, 25, a dica cultural é do professor aposentado do departamento de Metodologia do Ensino da UFSM, Luiz Carlos Nascimento da Rosa. A sugestão é a leitura de uma das grandes obras da literatura brasileira, o livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, originalmente publicada pela editora Francisco Alves. A primeira impressão ocorreu em 1960 e a autora é uma catadora de papel que morava numa favela de São Paulo e que se chamava Carolina Maria de Jesus. Ela foi descoberta por um jornalista, Audálio Dantas, que a apoiou na publicação de seus escritos, sendo o destacado pelo docente da UFSM um dos mais conhecidos, material que foi traduzido para vários idiomas. O livro pode ser encontrado via internet com valores que variam de 40 a 60 reais.

Quarto de despejo: o livro

Estava eu, lendo uma biografia, de uma autora que amo, a Clarice Lispector, e eis que me deparo com o livro chamado “Quarto de despejo: Diário de Uma Favelada”. Como toda a grande obra, universal e atemporal. O livro foi escrito por uma moradora da então favela do Canindé, em São Paulo, que trabalhava como catadora, Carolina Maria de Jesus. Sem ter consciência do estilo de sua narrativa, ela construiu o seu realismo crítico. Por mais intelectual e sofisticado com nossos lexos linguísticos, não saberia e nem teria coragem de tornar literário uma nesga de vida em preto e branco.

A sobra do banquete dos bacanas era o seu sustento e de seus filhos. Entremeando a luta contra a miserabilidade na cidade de São Paulo, Carolina lia e escrevia. Ler e escrever era seu travesseiro em sonho, na busca de uma vida melhor. Tangenciou a vida de miserável na favela. Criou bem os seus filhos.

Audálio Dantas, o jornalista, tinha que fazer uma matéria na favela do Canindé e se deparou com Carolina Maria de Jesus e seus diários. Parou com tudo e trabalhou com a edição do livro, que acabou impresso em 1960. A publicação foi traduzida para mais de 10 idiomas. Amo a literatura e esse texto é lindo. Sem ter consciência, a autora fez a narrativa de um belo e sedutor realismo crítico”.

Luiz Carlos Nascimento da Rosa

Professor aposentado do departamento de Metodologia do Ensino da UFSM.

Imagens: Divulgação e arquivo pessoal
Edição: Fritz R. Nunes (Sedufsm)

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