Docentes podem responder enquete sobre saúde e condições de trabalho até 19 de dezembro
Publicada em
04/12/24
Atualizada em
04/12/24 17h53m
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Objetivo é mapear situação da categoria nacionalmente e, a partir dos dados, planejar ações e campanhas
Está disponível, até o dia 19 de dezembro, a Enquete “Condições de Trabalho e Saúde Docente”, lançada e conduzida pelo Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) do ANDES-SN. Destinada a docentes não aposentados e aposentados que atuem em universidades federais, estaduais e municipais, além de institutos federais e cefets, a pesquisa objetiva mapear os principais desafios do fazer docente e de que forma tais desafios comprometem a saúde física e mental de professores. A partir desse levantamento devem ser formuladas estratégias e campanhas para responder às demandas e problemas detectados. Acesse a enquete aqui.
Cabe frisar que o questionário é dividido em dois links: o primeiro é destinado a docentes não aposentados e aposentados que ainda realizem atividades. Já o segundo é endereçado especificamente às e aos aposentados que não realizem mais atividades junto à instituição.
Jadir Lemos, integrante do GTSSA e diretor da Sedufsm, faz um chamamento à categoria para que responda ao questionário.
“Esse é o segundo momento de um mapeamento que o ANDES-SN está fazendo. Então, é muito importante que a gente colha o máximo de informações possível para saber em que ponto nós estamos, o que está acontecendo em termos de saúde física e saúde mental com os professores e professoras, com aposentados e aposentadas. A gente percebe uma transformação do nosso modo de trabalhar. Algumas das características do trabalho docente foram modificadas. E para que a gente possa realmente se conhecer e se reconhecer enquanto trabalhadores nesse contexto, nós precisamos desse mapeamento. É muito importante a participação do maior número possível, se não de todos, né? Para que com isso nós possamos partir para políticas e estratégias de promoção, prevenção, manutenção da saúde, tanto física quanto mental”, comenta o professor aposentado do departamento de Fisioterapia e Reabilitação da UFSM.
No ano de 2021, o GTSSA da Sedufsm publicou consulta pública intitulada “Meio Ambiente, Trabalho e Família”, que foi respondida à época por docentes da UFSM. Os resultados dessa pesquisa estão disponíveis aqui. Embora não estivesse atuante no GT naquele período, Lemos fez a leitura do relatório final resultante da consulta e concluiu que muitos dos problemas relatados pela categoria eram comuns entre si.
“Dá para perceber nitidamente os problemas que apontam para o sofrimento físico e também mental. Minha tese de doutorado é sobre cargas de trabalho, então eu observo já o surgimento de alguns quadros mais críticos. É muita repetição das mesmas queixas. Isso é preocupante. Então por isso que é importante que a gente consiga mapear de uma forma mais intensa, tanto local como no panorama nacional. Para que as bases, as seções sindicais e o ANDES-SN consigam buscar, junto às autoridades competentes, respostas”, perspectiva o docente.
Competitividade no mundo do trabalho – Se antes os professores e as professoras já não tinham o final de semana livre, já que levavam trabalho para casa, hoje, com as novas tecnologias de comunicação adentrando o fazer docente de modo talvez irreversível, o cenário se agravou. É o que frisa Lemos quando diz que os docentes são cobrados para estarem 24 horas online, sete dias por semana. Tal intensificação e sobrecarga se alinha a um mundo do trabalho cada vez mais competitivo.
“Nós, como servidores públicos federais, temos um patrão distante [o Estado], mas nós temos os nossos administradores mais próximos. Então esperamos que se crie uma política, a partir de um mapeamento, para que possamos entender como melhorar a vida do trabalhador, sem que ele deixe de ser produtivo”, finaliza Lemos.
Abaixo, confira vídeo publicado pelo ANDES-SN com convite à categoria para que responda enquete e contribua com o mapeamento:
Texto: Bruna Homrich
Imagem: ANDES-SN
Assessoria de Imprensa da Sedufsm