Lula afirma que o governo está preparando nova proposta de reajuste aos servidores e servidoras federais
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Atualizada em
10/05/24 11h48m
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Na próxima semana estão marcadas duas mesas de negociação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou preocupação com a greve nacional da educação, durante sua entrevista para o programa “Bom dia, presidente” da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na última terça-feira. Na ocasião, Lula afirmou que o governo está preparando nova proposta de reajuste para apresentar aos(as) docentes e os(as) técnicos(as)-administrativos(as) (TAE’s) das universidades e institutos federais e defendeu o direito da categoria à greve. Estão marcadas duas reuniões de negociação na próxima semana. Atualmente, 51 instituições de ensino superior estão em greve. Outras três começam na segunda-feira, 13 de maio, e uma dia 20.
“Nós vamos fazer um acordo. A mim, não encanta ver parte da educação de greve. Eu tenho que inaugurar muitas escolas técnicas, visitar universidades, e eu quero que os professores e os funcionários estejam tranquilos”, destacou Lula durante o programa "Bom dia, Presidente", da EBC.
Para a próxima segunda-feira, 13 de maio, está marcada uma nova reunião da Mesa Setorial Permanente de Negociação do MEC, que tem como objetivo debater questões específicas dos(as) servidores(as) da Educação das universidades e institutos federais, que não envolvam questões orçamentárias.
Já na quarta-feira, 15 de maio, acontece a 5ª Reunião da Mesa Específica e Temporária, que vai discutir reajustes salariais para 2024, além da reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT).
Greve docente
Servidores e servidoras públicas estão em greve desde o dia 15 de abril, quando o governo negou reajuste salarial para este ano. A Sedufsm aderiu à greve da categoria no dia 25 de abril e desde então o Comando Local de Greve (CLG) vem realizando atividades semanais para debater e discutir as reivindicações da categoria docente da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). As reivindicações são:
- Recomposição das perdas do governo Temer: 7,6% em 2024; 7,06% em 2025; 7,06% em 2026 (proposta da bancada sindical);
- Reestruturação das carreiras das e dos docentes;
- Restauração do orçamento das Instituições Federais de Ensino;
- Ampliação dos programas de assistência estudantil;
- Revogação do Novo Ensino Médio e a Portaria MEC 983/20;
- Melhoria das condições de trabalho, recomposição da força de trabalho mediante concurso público;
- Revogação da contribuição previdenciária para aposentados/as e pensionistas.
Greve solidária
Nesta terça-feira, 7 de maio, pensando no momento de crise atual em que vive o estado do Rio Grande do Sul, o CLG decidiu reverter suas ações em Greve Solidária. Com uma agenda semanal composta por reuniões diárias e abertas a todos e todas que desejarem participar. Além disso, o comando definiu atividades e ações solidárias no campus da UFSM, como as que ocorreram na manhã e tarde desta quinta-feira, 9 de maio, Dia Nacional de Luta em Defesa das Universidades, Institutos e Cefets.
Lembramos que a Seção Sindical se transformou em local de arrecadação de donativos, das 8h às 12h e das 14h às 17h. O carro do sindicato também está disponível para a retirada de donativos. Para doações em dinheiro, por PIX, utilize a seguinte chave: solidariedaders@sedufsm.org.br
Texto: Karoline Rosa (jornalista)
Imagem: Arquivo pessoal
Assessoria de Imprensa da Sedufsm