Mobilização contra a Reforma Administrativa segue forte na primeira semana de novembro Publicada em 31/10/25
Atualizada em 05/11/25 17h39m
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A luta para barrar a Reforma Administrativa vem se intensificando em todo o país. Por deliberação da assembleia docente realizada no começo de outubro, a Sedufsm tem promovido, nas últimas semanas, um calendário de mobilizações nos diferentes centros de ensino da UFSM. As atividades seguem nos próximos dias, adentrando novembro diante do avanço da tramitação da PEC 38/2025 na Câmara dos Deputados.

Embora a proposta já tenha obtido o número mínimo de 171 assinaturas para tramitar, o diretor da Sedufsm, professor Cleder Fontana, destaca que há parlamentares retirando seus apoios, o que demonstra que a pressão dos movimentos está surtindo efeito.

A agenda da próxima semana, de 3 a 6 de novembro, contempla uma série de ações de mobilização, incluindo assembleia, reuniões com docentes em diferentes centros e um encontro de avaliação das atividades realizadas até o momento.

Na segunda-feira, 3 de novembro, as e os docentes da UFSM reúnem-se em assembleia para avaliar as propostas apresentadas pelo governo federal na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP). Além dessa pauta, o encontro também discutirá a continuidade das ações de enfrentamento à Reforma Administrativa, cuja tramitação teve início na Câmara dos Deputados no último dia 24 de outubro.

A assembleia, convocada pela Sedufsm, ocorre no Auditório Wilson Aita (Anexo 9C do Centro de Tecnologia, campus sede de Camobi), com início às 8h30 em primeira chamada e às 9h em segunda chamada.

Na terça-feira, 4 de novembro, haverá reunião com docentes do Centro de Artes e Letras (CAL) durante a reunião do Conselho de Centro, às 14h, na sala 1203 do prédio 40, com representação da Sedufsm pela diretora Liane Weber.
Já na quarta-feira, 5 de novembro, a reunião será com docentes do Centro de Ciências da Saúde (CCS), às 13h30, na sala 1352 do prédio 26A,  também durante encontro do Conselho de Centro. O diretor Jadir Lemos representará a Sedufsm nessa reunião. Encerrando a semana, na quinta-feira, 6 de novembro, será realizada uma reunião de avaliação da mobilização, às 13h30, na sede da Sedufsm em Camobi (Rua Erly de Almeida Lima, 690).

Confira a agenda completa:

• Assembleia docente – 3 de novembro (segunda-feira)

 Horário: 8h30 (1ª chamada) / 9h (2ª chamada)
 Local: Auditório Wilson Aita (Anexo 9C do Centro de Tecnologia, campus sede de Camobi)
 Transmissão simultânea nos campi:
 – UFSM Cachoeira do Sul: Sala 21, auditório do Prédio C3
 – UFSM Frederico Westphalen: Sala 19, Bloco 2
 – UFSM Palmeira das Missões: Sala 206, Prédio 1

• Reunião no Centro de Artes e Letras (CAL) – 4 de novembro (terça-feira)

 Horário: 14h
 Local: Sala 1203, prédio 40 (reunião de Conselho de Centro)

• Reunião no Centro de Ciências da Saúde (CCS) – 5 de novembro (quarta-feira)

 Horário: 13h30
 Local: Sala 1352, prédio 26A (reunião de Conselho de Centro)

• Reunião de Avaliação da Mobilização – 6 de novembro (quinta-feira)

 Horário: 13h30
 Local: Sede da Sedufsm em Camobi (Rua Erly de Almeida Lima, 690)

• Reunião com docentes do CT  - 7 de novembro (sexta-feira)

 Horário: 9h
 Local: Mini Auditório 355, Anexo A do CT

Mobilizações recentes reforçam engajamento da comunidade universitária

No último dia 29 de outubro, cerca de 40 mil pessoas participaram de uma marcha unificada em Brasília, pressionando o Poder Legislativo. No mesmo dia, a Sedufsm realizou uma plenária no Centro de Ciências Rurais (CCR).

Já no dia 30, as atividades se concentraram no Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), com um debate no auditório Sérgio Pires (prédio 17, Geociências), que contou com representantes da Assufsm e do DCE, além de docentes da universidade. Ao final da manhã, diretoras e diretores da seção sindical realizaram uma panfletagem no arco de entrada do campus sede, em Camobi, dialogando com a comunidade universitária sobre os riscos e impactos da Reforma Administrativa.

Durante a atividade no CCNE, o diretor da Sedufsm, professor Cleder Fontana, apresentou os principais efeitos da proposta em tramitação. Ele lembrou que o texto elaborado pelo Grupo de Trabalho liderado pelo deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) é composto por três projetos: uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), um Projeto de Lei Complementar (PLP) e um Projeto de Lei Ordinária (PLO). A PEC, considerada o “guarda-chuva” das demais medidas, abre caminho para o que o sindicato classifica como “três golpes em um”.

A proposta altera 251 artigos da Constituição Federal, restringe concursos públicos, amplia terceirizações e contratos temporários, e cria uma tabela única de remuneração, que pode achatar salários com valores iniciais até 50% menores que o teto. O texto também prevê sistemas de metas e avaliação de desempenho, passíveis de uso para demissões, e estabelece um teto de gastos no serviço público, limitando o crescimento de despesas a 2,5% ao ano, independentemente da evolução da receita.

Texto: Nathália Costa
Imagem: Italo de Paula
Assessoria de Imprensa da Sedufsm