Santa Maria marchará em defesa da educação SVG: calendario Publicada em
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Ao todo, 16 entidades estão envolvidas na manifestação

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A defesa da educação unificará sindicatos, estudantes e movimentos sociais de Santa Maria em uma manifestação nesta sexta-feira, 6. Na organização da Marcha pela Educação Pública, uma série de reuniões foram realizadas entre os comandos de greve dos docentes, dos técnico-administrativos em educação (TAEs) e dos estudantes da UFSM, e com a presença de entidades como a Seção Sindical dos Docentes da UFSM (SEDUFSM); Associação dos Servidores Técnico-administrativos da UFSM (ASSUFSM); Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul - Sindicato (CPERS-Sindicato); Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (SINPROSM); Sindicatos dos Servidores Públicos Federais/RS (SINDISERF/RS); Diretório Central dos Estudantes (DCE) – UFSM; Diretório Central dos Estudantes (DCE) - UNIFRA; Coletivo AFRONTA; Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE); Central Única dos Trabalhadores (CUT); CSP-CONLUTAS – Central Sindical e Popular; PRÁXIS – Coletivo de Educação Popular; Coletivo de Resistência Artística Periférica (CO-RAP); Movimento Nacional de Luta Pela Moradia (MNLM); Coletivo Voe e Rede de Educação Cidadã (RECID).

Além de reuniões organizativas, atividades de formação também foram realizadas com o objetivo de impulsionar a mobilização para a marcha, além de promover o debate sobre a educação que temos e a que queremos. Nesse sentido, na última quarta-feira, 4, um debate foi realizado no auditório da SEDUFSM, trazendo como tema “Educação Pública: Pra que te quero?”.

Apesar de ter surgido em uma assembleia estudantil na UFSM, a manifestação propõe-se a unir o movimento grevista da instituição às demais lutas do setor, travadas nos diversos níveis da educação. Para a diretora do CPERS, Sandra Regio, a manifestação em Santa Maria pode contribuir para a construção de uma grande marcha em nível estadual ou nacional. “Esse é um grande movimento em defesa da educação pública e o mais importante é a unidade entre os trabalhadores em educação e a unidade com os estudantes”, ressalta Sandra. Ela ainda diz que o sindicato pediu a redução de períodos nas escolas para que os alunos possam participar do ato.

As pautas da Marcha

Cinco pautas unificam as categorias e movimentos presentes, são elas: 10% do PIB para a Educação Pública Já; Acesso e permanência para todos os brasileiros, em todos os níveis da educação pública; Valorização dos trabalhadores da educação; Educação como direito, não como mercadoria: contra as privatizações; Educação voltada para as necessidades do povo, não para o mercado. Além disso, as entidades presentes também colocarão suas reivindicações específicas durante o ato.

No caso dos professores municipais, por exemplo, as reivindicações dizem respeito ao cumprimento integral da lei do piso no município (bem como ao pagamento das quantias atrasadas), à destinação de 1/3 das horas-aula para a preparação de aulas, correção de trabalhos e demais atividades relacionadas ao ensino, à ampliação do período de licença-maternidade de 4 para 6 meses, entre outros. “Queremos a valorização de nossa formação, independente do nível de ensino no qual atuamos. Existe hoje uma grande diferença de ganhos entre os professores federais, estaduais e municipais”, diz Liliana Pincolini, integrante do Sinprosm.

Sobre as pautas especificas de cada categoria, o coordenador de Comunicação e Formação Sindical do Sinprosm, Vinícius Luge, ressalta a importância de as categorias dos diversos níveis de educação conseguirem ir para além disso, construindo também um movimento unificado em defesa da educação pública. “Nesse contexto, onde na universidade as três categorias estão em greve, com os professores pautando um plano de carreira que vá ao interesse dos trabalhadores e os estudantes reivindicando melhorias na assistência estudantil, é fundamental que os professores da educação básica participem desse debate e consigam relacionar as pautas”, diz Luge. O professor ainda salienta um dos pontos-chave que aproxima as categorias, que é o Plano Nacional de Educação (PNE), a partir do qual serão definidas as políticas públicas educacionais para os próximos dez anos em todos os níveis de ensino. “Parece que o que nos une nesse momento, tanto na educação básica quanto na educação superior, é a ampliação de direitos. É um conjunto de fatores que colocam na ordem do dia a necessidade de ações conjuntas”, diz Luge.

Mobilização além dos muros da UFSM

Para José Luiz Zasso, representante do Comando de Greve estudantil na organização da Marcha pela Educação Pública, é fundamental que o movimento grevista rompa os muros da universidade, sendo a Marcha, nesse sentido, uma boa oportunidade de se colocar isso em prática. “A marcha nasce de um sentimento que tínhamos, dentro dos movimentos de greve da UFSM, de que boa parte da sociedade não estava vendo as nossas mobilizações e as nossas lutas. A luta pela educação pública abrange muito mais que a universidade”, diz o estudante. Fazendo coro ao posicionamento do estudante, a professora Fabiane Pereira, integrante do Comando Local de Greve dos docentes e conselheira da SEDUFSM, é taxativa: “o principal objetivo dessa marcha é chamar a atenção da população para a importância da educação”.

O caminho da Marcha

A Biblioteca Municipal, na Avenida Presidente Vargas, é o ponto de encontro para início da concentração, às 13h30min. A marcha, entretanto, começará às 15h30 e o trajeto deverá passar pela sede da 8ª Coordenadoria Regional de Educação do Estado do Rio Grande do Sul (CRE 08), pela Antiga Reitoria da UFSM e pelo Gabinete do Prefeito, encerrando-se na Praça Saldanha Marinho, onde ocorrerá um ato-show com os grupos Admirável mina’s Rap, Bocas de Seresta e Rodrigo Cidade.

Texto: Bruna Homrich (estagiária)
Edição: Rafael Balbueno (SEDUFSM)
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

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