Fórum de entidades acompanha reunião da CPI da Kiss SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 14/03/13 17h13m
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Presidente da Sedufsm diz que paira desconfiança nas instituições

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Vereadores que integram a CPI: não haverá blindagem a ninguém

O Fórum de acompanhamento das investigações sobre a tragédia na Kiss se originou a partir de uma desconfiança sobre o papel das instituições e, o que se espera agora, é que sejam apuradas as responsabilidades e que haja encaminhamentos para que fato semelhante nunca mais se repita. A declaração do presidente da Sedufsm, Rondon de Castro, foi feita durante os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Santa Maria, que se reuniu pela segunda vez nesta quinta, no início da tarde.

A Seção Sindical dos Docentes da UFSM representou o Fórum de entidades que visa ao acompanhamento das investigações. O encontro dos membros da CPI também teve a presença de integrantes da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM). Já outras entidades que foram convidadas, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Defensoria Pública, não enviaram representantes. A OAB local declinou do convite e explicou que já está acompanhando o inquérito policial.

Para o presidente da Sedufsm, o que levou à tragédia na boate Kiss, qualificada por ele como a “crônica de uma morte anunciada” foi uma sucessão de erros e que não revela somente problemas administrativos, mas uma questão de postura do Poder Público. “Temos que pensar que aqueles jovenzitos que lá estavam já sofriam de um problema crônico em nossa cidade, que é o da carência de políticas públicas na área de cultura e lazer”, enfatizou Rondon.

Atraso

Aderbal Alves Ferreira, presidente da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), usou o momento de falas dos convidados para dizer que a CPI estava começando atrasada. “Mas, antes tarde do que nunca”, acrescentou ele. Conforme o dirigente da AVTSM, há uma desconfiança com o trabalho dos políticos, mas disse acreditar que isso possa ser superado com o tempo. Ferreira comentou que muitos pais de vitimados na tragédia enfrentando situações difíceis, especialmente de revolta diante do fato, e exigem que seja dada uma resposta à opinião pública. “241 jovens pagaram pela inoperância do sistema”, enfatizou. “Gostaríamos que vocês (vereadores) pensassem como pais e não como políticos”, finalizou.

Blindagem do governo

Em sua explanação, dando conta das tarefas da CPI e dos agendamentos feitos para os primeiros depoimentos, a presidente da comissão, vereadora Maria de Lourdes Castro (PMDB), ressaltou que o objetivo é investigar os fatos relacionados à tragédia no que se refere à participação de agentes públicos tanto da prefeitura como do corpo de bombeiros. “Não estamos aqui para blindar o governo (municipal)”, frisou a parlamentar. Junto com ela, compõem a comissão, a vereadora Sandra Rebelato (PP), que é relatora, e o vereador Dr. Tavores (DEM), que é o vice-presidente.
Maria de Lourdes Castro já anunciou uma pré-agenda de depoimentos, que ocorreria na próxima quarta, 20, a partir das 9h, no plenário da Câmara. Seriam depoentes à CPI, os secretários municipais Antonio Carlos Lemos (ex das Finanças), Ana Beatriz Barros (atualmente na pasta de Finanças), Any Desconsi (secretária de saúde e procuradora do município) e Miguel Passini, atual secretário de Controle e Mobilidade Urbana.

Documentos e prazo

A presidente da CPI informou também que os delegados envolvidos com a investigação policial já colocaram toda a documentação à disposição para ser consultada, ou mesmo para que sejam feitas cópias. Maria de Lourdes ressaltou que a comissão tem um prazo de 90 dias para realizar o trabalho, podendo haver uma prorrogação de mais 30 dias.
Acompanharam também a reunião da CPI na tarde desta quinta, os vereadores Werner Rempel (PPL), Manoel Badke (DEM), João Carlos Maciel (PMDB) e Luciano Guerra (PT). Rempel, que foi o primeiro a coletar assinaturas para instalar a comissão parlamentar de inquérito, se manifestou dizendo que agora a CPI não é mais da situação ou da oposição, mas sim, da Câmara de Vereadores, e afirmou ter certeza que será feito um bom trabalho.

Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm

 

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