Ato de protesto sobre a Kiss transferido para 27 de abril
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05/04/13 18h51m
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Evento que seria neste domingo enfrenta desorganização e pressões
Uma manifestação convocada pelas redes sociais para este domingo, 7, que previa uma caminhada que sairia às 18h da praça Saldanha Marinho até a frente do prédio do Ministério Público foi adiada para o dia 27 deste mês, quando estará completando três meses da tragédia da boate Kiss. O evento, chamado com o intuito de pedir justiça, que no facebook, até esta sexta, já tinham mais de 500 pessoas confirmadas, foi adiado em função de problemas organizativos e de supostas pressões políticas.
Nathália Fagundes Rozzini, estudante do curso de Filosofia da UFSM, e que foi quem convocou pela rede social o ato “do luto à luta”, acabou desistindo de participar da organização, o que deixou a mobilização pela internet capenga. Nathália faz parte de um grupo político intitulado “Mulheres Anonymous”, que participa de manifestações na cidade, mas que justificam uma posição apartidária. Ela alegou sua desistência em função de pressões políticas. Segundo Nathália, ao postar na rede social que no grupo da Associação de Familiares de Vítimas havia um Cargo de Confiança (CC) da prefeitura de Santa Maria, teria sofrido uma ameaça de processo judicial.
Vanessa Vasconcellos, aluna do curso de Produção Editorial da UFSM, perdeu uma irmã na tragédia e hoje integra o grupo “Santa Maria do luto à luta”. Ela quem informou, questionada pela Sedufsm, que o ato de domingo seria transferido para o dia 27, buscando dessa forma, planejar melhor e assim reunir um número maior de pessoas. Vanessa também confirma que o motivo alegado por Nathália para se afastar da organização foi a pressão sofrida.
Contatado pela Sedufsm na quinta-feira, durante a reunião da CPI na Câmara de Vereadores, o presidente da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Ferreira, afirmou que desconhecia qualquer iniciativa de qualquer membro de associação com o intuito de pressionar participantes de atos públicos exigindo justiça ou mesmo que pedissem a saída do prefeito Cezar Schirmer. Ferreira diz ainda que ficou sabendo ao longo dos trabalhos iniciais da Associação que havia um servidor CC da prefeitura no grupo, mas que sempre teve uma expectativa que isso não atrapalharia o trabalho.
Texto e foto: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da Sedufsm