Moradores de vilas e Bloco de Lutas se unem em protesto
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16/07/13 18h55m
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Manifestantes bloquearam BR 287 por melhores condições
Moradores de seis comunidades de Santa Maria, com apoio do Bloco de Lutas, que reúne movimentos estudantil, social e sindical, reuniram-se para protestar na tarde desta terça-feira, 16, em busca de melhorias na saúde, educação, saneamento básico e mobilidade urbana. O protesto foi organizado pelos residentes do Bairro Diácono Pozzobon – que inclui as vilas Jardim Berleze, Maringá, Diácono, Zilda Arns, Paróquia das Dores e Cerrito. Os manifestantes concentraram-se em frente ao Posto de Saúde da Maringá ás 16h e, logo após, saíram em caminhada rumo à BR 287, que foi trancada em vários momentos.
Além dos moradores do bairro, a mobilização teve apoio de grupos como o do Movimento Santa Maria do Luto à Luta, coletivos estudantis, DCE da UFSM, que atuam em outras frentes de reivindicação através do Bloco de Lutas, que visa, por exemplo, a redução do preço da tarifa do transporte. “Estamos unidos em apoio a uma população que mais carece de direitos e de qualidade de vida”, destaca Alex Monaiar, representante da coordenação geral do DCE.
Os manifestantes saíram às ruas com cartazes e faixas que denunciavam a situação vivida por eles. Segundo Julio Cesar, morador do Jardim Berleze, a única escola da comunidade abriga 66 alunos em condições precárias, pois o esgoto está a céu aberto e as dependências do colégio precisam de uma reforma urgente. Edmilson da Silva, também habitante do Jardim Berleze, aponta: “A escola Santa Cecília está em condições precárias, assim como as ruas, que precisam de reparos. Falta iluminação pública”.
Os líderes comunitários das seis vilas esclarecem que os problemas estão afetando na segurança da população, já que a falta de iluminação vem provocando constantes assaltos no período da noite. Da mesma forma, é a falta de uma travessia, com semáforo e faixa de segurança, na Estrada Municipal Antônio Ignácio Cruz. Esta rua faz cruzamento com a BR 287, e de acordo com os moradores é perigoso atravessar sem nenhum tipo de sinalização.
A busca por melhorias na mobilidade urbana é a principal bandeira do cadeirante José Tornes: “Tenho muitas dificuldades de locomoção com a cadeira de rodas”, enfatiza. Tornes ainda comenta que a durabilidade de uma cadeira de rodas para ele é de apenas dois anos: “Quebra tudo por causa das pedras e dos buracos. As ruas são muito ruins”, concluiu.
Texto e fotos: Carina Carvalho (estagiária)
Edição: Fritz R. Nunes (Jornalista)
Assessoria de Imprensa da Sedufsm