Sexta, 29 de maio: dia de paralisação no país
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28/05/15 18h21m
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Professor da UFSM e diversas outras categorias protestam em Santa Maria
Os professores da UFSM estão sendo chamados a não dar aulas nesta sexta, 29 de maio. O protesto faz parte do Dia Nacional de Paralisação, chamado pelas centrais sindicais do país contra o plano de ajuste fiscal do governo Dilma e contra o projeto (PLC) 30/2015, que amplia as terceirizações, já votado na Câmara e em apreciação no Senado. A categoria docente, que aprovou a paralisação na assembleia de 14 de maio, se junta aos servidores técnico-administrativos, que entraram em greve nesta quinta, 28.
Diversas outras categorias, somadas às centrais sindicais na cidade, realizam paralisações ou manifestações públicas com o intuito de esclarecer os prejuízos para os trabalhadores tanto do ajuste fiscal como da terceirização. Uma reunião na tarde desta quinta, na sede do Cpers, definiu que haverá um ato público de diversas categorias na praça Saldanha Marinho, nesta sexta, a partir das 9h até as 13h. Haverá distribuição de material informativo e falas das lideranças em um carro de som.
Conforme Sandra Régio, do 2º Núcleo do Cpers Sindicato, os professores estaduais têm paralisação marcada para esta sexta-feira. Pelo menos duas escolas já confirmaram que irão suspender as atividades. No magistério municipal, o sindicato (Sinprosm) participa das manifestações, mas a categoria não aprovou paralisação.
João Otávio Cadó, da central Intersindical, que esteve na reunião com as outras entidades, informa que haverá manifestações nos locais de trabalho dos Correios em Santa Maria. A central também deve participar do ato público na praça, durante manhã.
Luís Mário, do Sindicato dos Metalúrgicos e da CUT Regional Centro, diz que é difícil que os trabalhadores do setor privado paralisem, pois o quadro conjuntural é de recessão, e qualquer atitude considera hostil pela patronal pode levar a demissões. Entretanto, ressalta que a atividade na praça tem o apoio da CUT, uma das entidades organizadoras.
UFSM
Conforme deliberação da assembleia de quarta, 27, o Comando de Mobilização dos Professores faz a sua primeira reunião nesta sexta, 29, às 10h, no Auditório Sérgio Pires. Humberto Gabbi Zanatta, presidente em exercício da Sedufsm, destaca a importância desse dia de paralisação como forma de barrar a série de ataques contra os direitos dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, convida todos os professores a participar das atividades na praça Saldanha Marinho.
Para entender o dia 29 de maio
As centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, CTB, Nova Central, UGT e Intersindical estão chamando uma paralisação nacional para esta sexta, 29, contra as medidas provisórias 664 e 665 o ajuste fiscal e o projeto de lei das terceirizações (PLC 30/2015). Nacionalmente está sendo preparado um dia de paralisação, com atos e ações unitárias nas principais capitais do país. Estão previstas paralisações massivas no setor de transporte, saúde, educação, dos serviços públicos em geral, além de atos com travamento de estradas e rodovias nas principais capitais com o objetivo de parar o Brasil. Entre as reivindicações está o arquivamento do PLC 30/2015, que amplia a terceirização no país e leva à redução de salários e direitos. Os trabalhadores também lutam pelo fim do ajuste fiscal conduzido pela presidente Dilma Rousseff, que reduziu direitos trabalhistas e previdenciários e fez cortes drásticos no Orçamento.
A paralisação é o primeiro passo para uma greve geral, salienta o dirigente nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes. “Estão retirando todos os nossos direitos, através do Congresso Nacional com o aval de Dilma Rousseff. Essa paralisação do dia 29 vai preparar os trabalhadores para a construção da greve geral no país. Somos nós, os trabalhadores que temos mostrar para esse governo que não aceitamos que retirem nossos direitos e vamos mostrar isso parando o Brasil”.
Texto: Fritz R. Nunes com informações da CSP-Conlutas
Imagem: Divulgação
Assessoria de imprensa da Sedufsm