Docentes da UFSM em Santa Maria rejeitam adesão à greve SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 24/09/15 00h03m
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Assembleias nesta quarta-feira também ocorreram em Frederico Westphalen e Palmeira das Missões

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Plenária também encaminhou debate sobre expansão universitária

Reunidos em assembleia na tarde dessa quarta-feira, 23, os professores do campus sede da UFSM, em Santa Maria, decidiram pela não adesão ao movimento grevista da categoria. Ao todo assinaram a lista de presenças 167 docentes, sendo a contagem final dos votos de 127 contrários à greve, 7 favoráveis e 17 abstenções. Como encaminhamento a plenária aprovou, por contraste visual, a realização de uma discussão sobre a expansão universitária e seus impactos na UFSM. A atividade deve ocorrer ainda em 2015.

Além de trazer novamente o debate da greve para a UFSM, a assembleia tinha como objetivo somar-se à agenda do dia nacional de paralisação, convocado pelo Fórum dos Servidores Públicos Federais exatamente para esse dia 23. A decisão por aderir a esse movimento foi tomada em assembleia realizada no último dia 18. O dia nacional de paralisação é uma resposta organizada pelo conjunto do funcionalismo público contra o anúncio do novo pacote de cortes do governo Dilma Rousseff, onde estão, entre outras medidas, o congelamento dos concursos públicos.

Motivos existem

Conforme o debate sobre a greve avançava, uma tônica permeava a maioria das falas: a ideia de que o momento de deflagrar a greve havia passado. Conforme destacou o 1º tesoureiro da Sedufsm, Claudio Roberto Losekann, a atual situação das universidades, com cortes orçamentários já aplicados e outros ainda sendo anunciados, é motivo suficiente para que a categoria pare suas atividades. Contudo, isso deveria ter ocorrido muito antes, em conjunto com as demais universidades que paralisaram suas atividades. Em avaliação similar, o conselheiro da SEDUFSM, Clayton Hillig, pontuou que, embora o momento de deflagração de greve tenha passado, a conjuntura ainda exige organização e mobilização da categoria, mas que essas ocorram de forma efetiva. “Aqui nessa assembleia não se trata de ser contra ou favorável à greve. Se trata de pensar e organizar estratégias de mobilização”.

Em sua fala, o presidente da SEDUFSM, Adriano Figueiró, também ressaltou que essa mobilização alternativa à greve, já pautada em outras assembleias, e que, conforme defenderam alguns docentes, poderia ter os mesmos efeitos ou até mais que a paralisação das atividades, foi sim organizada e promovida pelo sindicato, mas sem lograr, contudo, com o apoio e a participação dos próprios docentes que apresentavam essas propostas. Além disso, para Figueiró, a situação da universidade, de cortes, precarização e arrocho, vinculada plenamente à situação econômica do país como um todo, que vive um cenário de crise, deve fazer com que a discussão sobre mobilização e organização da categoria, na defesa de seus direitos, retorne logo para a ordem do dia. “Agora talvez seja a hora de colocarmos as barbas de molho, mas essa história vai voltar ano que vem, que tem tudo para ser um ano pior ainda. E nós estaremos novamente na luta pelos nossos direitos”.

Saída conjunta

Anteriormente ao debate da greve, a assembleia foi aberta com o repasse de informes, em especial do Comando Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN. Segundo as últimas informações do CNG, recebidas no dia 18 de setembro, a chegada do segundo pacote de medidas econômicas anunciado pela presidente Dilma Rousseff, causou grande indignação no conjunto de entidades do funcionalismo que compõem o Fórum dos Servidores Públicos Federais. Contudo, embora o cenário siga cada vez mais preocupante, algumas dessas entidades já sinalizam para a saída da greve, como é o caso dos técnico-administrativos em educação. Além disso, segundo o informe, está em discussão também a possibilidade de uma saída da greve conjunta entre diferentes categorias de servidores federais que estão com suas atividades paralisadas.

Plenárias no Cesnors

A Sedufsm também realizou assembleias nesta quarta-feira nas unidades da UFSM/Cesnors. Os resultados foram distintos. Durante a plenária da manhã, em Frederico Westphalen, um total de 25 docentes assinaram a lista de presenças, e na votação, 14 votaram por aderir à greve, 7 votaram contrariamente à adesão, havendo ainda duas abstenções. 

Já na parte da tarde, em Palmeira das Missões, um total de 31 professores assinaram a lista de presenças. Na votação, 26 votaram por não aderir ao movimento paredista e 5 se abstiveram. O debate nesta unidade do Cesnors aconteceu em meio à informação de que há uma sinalização de que algumas categorias do funcionalismo público federal podem sair da greve nos próximos dias. Tanto em Frederico quanto em Palmeira, as assembleias foram coordenadas pelos professores Getúlio Lemos e Gianfábio Franco, ambos diretores da seção sindical.

Texto: Rafael Balbueno com a colaboração de Fritz R. Nunes
Fotos: Ivan Lautert e Fritz R. Nunes
Assessoria de imprensa da Sedufsm

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