Brasil é o elo mais fraco da crise mundial, diz historiador
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19/10/15 13h18m
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Osvaldo Coggiola participa de palestras em Santa Maria nos dias 19 e 20 de outubro
A crise pela qual passa o Brasil e a crise internacional estão interligadas, sendo que o Brasil está se transformando no elo mais fraco da crise capitalista mundial, em sua terceira fase. A primeira ocorreu nos Estados Unidos, a segunda aconteceu na Europa, e a terceira está batendo nos "países emergentes", China incluída. A análise é do economista e professor de História Contemporânea da Universidade de São Paulo (USP), Osvaldo Coggiola, em depoimento à assessoria de imprensa da Sedufsm. Ele estará em Santa Maria na próxima semana para dois eventos programados pela Sedufsm.
Na segunda, 19 de outubro, às 17h, no Audimax (Centro de Educação da UFSM), Osvaldo Coggiola abre o Seminário sobre políticas e expansão no ensino superior. Já na terça, dia 20, o professor da USP, também ex-diretor do ANDES-SN, fala às 18h, no Auditório da Sedufsm (André Marques, 665), sobre “A crise do Brasil no contexto internacional”. A explanação é aberta a docentes, TAEs, estudantes, lideranças sindicais, de movimentos sociais e ao público em geral.
Conforme o entendimento do professor, o ajuste fiscal que vendo sendo implementado pelo governo da presidente Dilma Rousseff tem por objetivo resolver a crise em favor dos capitalistas “parasitas”, penalizando os trabalhadores. Coggiola destaca que “a crise é real” e, sendo assim, “o problema é saber que vai ser o síndico dela: se os capitalistas ou os trabalhadores.”
Quais as saídas?
Osvaldo Coggiola entende que a crise vivenciada atualmente é proveniente do próprio capital, e por isso, deveria ser paga pelos capitalistas e não pelos trabalhadores. Para o historiador, é preciso que sindicatos e movimentos sociais lutem contra a destruição dos direitos sociais, em defesa do salário, do emprego. O professor defende ainda que os trabalhadores rompam com os partidos capitalistas, sejam eles governistas ou oposicionistas, e busquem uma alternativa política independente. Segundo ele, é isso, ou o ajuste será pago pelos trabalhadores e os pobres, com um retrocesso histórico.
Acompanhe abaixo, em anexo, artigo do professor Osvaldo Coggiola intitulado “Por quem os sinos dobram”.
Texto: Fritz R. Nunes
Foto: Arquivo/Sedufsm
Assessoria de imprensa da Sedufsm