Proposta do governo de cortar 18,2% do orçamento pode inviabilizar IFEs
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Atualizada em
11/08/20 14h47m
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Proplan da UFSM avalia que se medida for implementada a instituição chegará ao final de 2021 sem recursos
Em termos orçamentários, as Instituições federais de Ensino (tanto universidades quanto institutos federais) têm feito ginástica para multiplicar a verba que tem sido reduzida ano a ano. Pois agora, há poucos dias, a Associação Nacional dos Dirigentes das Federais (Andifes), entidade que congrega os reitores das universidades, foi informada pelo Ministério da Educação (MEC), que haverá uma redução orçamentária para 2021 que atinge a casa dos 18,2%. Em declaração ao portal G1, o presidente da Andifes, professor Edward Madureira Brasil, disse que se essa medida for posta em prática, fará com que nenhuma universidade consiga cumprir suas finalidades de ensino, pesquisa e extensão.
Contatado pela assessoria de imprensa da Sedufsm, o pró-reitor de Planejamento da UFSM, Joeder Campos Soares, explicou que, no que se refere à parte de custeio e investimento, no caso de implementado esse corte do jeito que previu o MEC, a universidade federal de Santa Maria teria uma redução de R$ 24 milhões, comparado com os valores de 2020. Todavia, se a comparação for com 2019, aí os valores são ainda mais significativos: impactaria em uma redução de R$ 34 milhões.
A expectativa de Joeder é que, pelo fato de essa proposta estar ainda em fase ministerial, que ela possa ser revertida pelos reitores, através de pressão da Andifes. Caso isso não ocorra, segundo a Proplan, mesmo que se faça somente uma estimativa, é possível que a UFSM ficasse com três meses de orçamento a descoberto no próximo ano.
Em ofício (imagem logo abaixo) encaminhado aos reitores, a Andifes informou sobre a questão do corte anunciado pelo governo, mas, ao mesmo tempo, ressaltou que a diretoria executiva da associação já manifestado inconformidade ao MEC. Além disso, a Associação afirmou que está fazendo gestão em várias frentes, seja junto ao governo, como também junto aos parlamentares, em busca de uma solução coletiva para o problema.
O reitor da UFSM, professor Paulo Burmann, que também integra a direção da Andifes, manifestou-se na tarde desta terça, 11. Para Burmann, este é um momento que necessita de mobilização. “É preciso que conversemos com nossos parlamentares mais uma vez. A decisão ainda pode ser revertida no Congresso Nacional. Se o orçamento for aprovado com este corte de 18,2% não chegaremos até o mês de agosto de 2021”, diz o reitor. Leia a íntegra da manifestação aqui.
Texto: Fritz R. Nunes com informações do G1 e Portal da UFSM
Imagens: UFSM e Print
Assessoria de imprensa da Sedufsm