Protesto contra exploração de banco estatal
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03/04/12 15h26m
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Servidores da Caixa Federal reclamam de “jornada gratuita”
Apesar de ser um banco estatal, quando se trata do tratamento aos seus funcionários, a Caixa Econômica Federal (CEF) não age muito diferente das demais instituições financeiras privadas, que visam exclusivamente ao lucro. Em função de situações consideradas inaceitáveis, os servidores da CEF realizam nesta quarta-feira, 4, em todo o país, o “Dia Nacional de Luta contra a extrapolação da jornada e do trabalho gratuito”.
Em Santa Maria, conforme informação do Sindicato dos Bancários, ocorrerá panfletagem junto às agências. Marcelo Carrión, do sindicato local, explica que uma das reivindicações é que seja modificado o controle eletrônico, sendo instituído login único para os funcionários. Atualmente, destaca o sindicalista, existem brechas que permitem burla ao sistema.
Conforme o jornal elaborado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), “seja qual for a circunstância, os empregados não são obrigados a trabalhar além da jornada para a qual foram contratados, e tampouco sem o registro correto de tais horas no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon)”.
Ainda segundo o periódico, "o excesso da jornada coloca em risco a saúde do trabalhador e também o expõe a erros pela carga exaustiva de trabalho, comprometendo a segurança das unidades espalhadas pelo país. A solução desse problema passa, sem dúvida, pelo cumprimento da jornada de trabalho de seis horas diárias, observado o máximo de 30 horas semanais".
Na avaliação do secretário de Saúde da Contraf, "é necessário que os trabalhadores marquem corretamente a jornada no Sipon, inclusive as horas extras, de modo que o trabalhador possa ter garantia de receber pelas horas efetivamente trabalhadas", afirma Plínio Pavão.
Para o professor Rondon de Castro, presidente da SEDUFSM, situação como essa, somada ao fato de os bancos estatais encontrarem-se entre os que mais lucram na ciranda financeira do país, demonstra coerência da política do governo, que prima por uma visão privatista.
Texto: Fritz R. Nunes com informações da Contraf-CUT
Foto: Sindicato dos Bancários de Santa Maria
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM