Governo admite que crise chegou, diz professor da UFSM SVG: calendario Publicada em
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Pacote de medidas econômicas recebido com críticas

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Até centrais sindicais próximas ao governo, como Força e CTB, têm protestado contra desindustrialização

O pacote com medidas econômicas anunciado pelo governo Dilma, nesta terça (3), está causando divisão entre sindicalistas, empresários e economistas. Na avaliação do professor do departamento de Ciências Econômicas da UFSM, Sérgio Alfredo Massen Prieb, um aspecto a ser ressaltado a partir do anúncio das medidas é que finalmente o governo está admitindo que a crise econômica chegou ao Brasil. “Até então víamos o governo federal com um discurso ufanista (e repetido a plenos pulmões pelos partidos aliados) de que enquanto o mundo todo afogava-se na crise, a ilha de prosperidade chamada Brasil passava imune a tudo”, destaca Prieb.

O economista acrescenta ainda que as medidas se, por um lado, devem influir no aumento da produção industrial, por outro lado, repetem a fórmula usada em toda a construção do capitalismo brasileiro, que é a transferência de recursos públicos para o capital privado. O seu ápice desse tipo de política, explica Prieb, se deu com a entrega de um patrimônio público construído em mais de 50 anos através das privatizações do governo FHC. Para o economista, no governo Dilma, a transferência de recursos públicos dá-se através de redução tributária, desoneração na folha de pagamentos de setores da indústria e injeção de recursos no BNDES, para que novamente o empresariado, que majoritariamente defende o ideário neoliberal, nutra-se de empréstimos do Estado.

Na avaliação do professor, que também é tesoureiro da SEDUFSM, “se o governo realmente está preocupado com os efeitos da crise, uma das contrapartidas óbvias a serem exigidas seria o comprometimento dos empresários com a expansão de empregos”. Prieb também se diz espantado com o fato de o governo propagar a chamada superação do chamado déficit previdenciário, ao mesmo tempo em que desonera setores empresariais com a contribuição previdenciária. Quem pagará essa diferença, questiona ele.

Política industrial

Alguns economistas do centro do país também questionaram o teor das medidas. Fernando Zelveti, professor de tributação e política fiscal da Fundação Getulio Vargas (FGV), de São Paulo, disse que o pacote não passa de um “tapa buracos” para remediar a ausência de uma política industrial.

Para Fábio Kanzuc, professor da USP, as medidas são tímidas e repetem o que ocorreu no passado. “O governo deveria ter dado medidas gerais, que elevariam a competitividade da indústria. Mas, ao contrário, elegeu alguns setores. E pode ter escolhido mal”, questiona ele.

Central sindical

Além da Força Sindical, cujo presidente, Paulo Pereira da Silva, criticou fortemente o pacote, também a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) alfinetou o governo e as medidas anunciadas. Para o presidente da entidade, Wagner Gomes, “(o pacote” contém uma ou outra medida positiva, mas peca pela timidez ao manter a política macroeconômica (juros altos, câmbio flutuante e superávit primário), coloca em risco o financiamento da Previdência e não contempla as contrapartidas sociais reclamadas pelas centrais aos benefícios concedidos ao empresariado”.

Texto: Fritz R. Nunes com informações do site do Estadão e da CTB
Foto: Terra
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

 

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