Crianças indígenas pela primeira vez em escola na UFSM SVG: calendario Publicada em
SVG: atualizacao Atualizada em 18/04/12 20h59m
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Tarde foi de integração com alunos do Núcleo Ipê Amarelo

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Salabin Ba Blá Ba apresentou "As aventuras do indiozinho Bretã"

De início a timidez, mas depois elas se foram se soltando aos poucos. As 11 crianças do acampamento Kaingang próximo à rodoviária de Santa Maria, com idades de 5 a 10 anos, participaram pela primeira vez de uma atividade de integração com crianças não-indígenas, que foi organizada pela Seção Sindical dos Docentes da UFSM (SEDUFSM) em parceria com a direção do Núcleo de Educação Infantil Ipê Amarelo, que funciona nas dependências da UFSM. A atividade foi alusiva à comemoração nesta quarta (18), do Dia Nacional do Livro Infantil.

Nesse processo de integração, iniciativa inédita e bastante positiva, conforme o próprio cacique do acampamento kaingang, Natanael Claudino, que esteve junto e inclusive participou da interação, colaborou o grupo de teatro Saca-Rolhas, dirigido por Jader Guterres. Ele foi responsável pela pesquisa que resultou na história “As aventuras do indiozinho Bretã”, que foi contada por Salabin Ba Blá Ba (Luciano Gabbi). A essência da história de Bretã (nome que significa índio ligeiro como um peixe) é de uma criança indígena que se aventura por Santa Maria, mas que depois de levar alguns sustos, chega a conclusões que são verdadeiras lições de respeito à natureza.

“Tirãnhtun-ni” foi a palavra de origem kaingang, que significa “não machuque, não maltrate” enfatizada pela encenação teatral. Primeiro, foi para um grupo de 39 alunos de idades entre 3 e 6 anos, extremamente atentos e participativos. E, num segundo momento, para outro grupo formado por 33 crianças entre 3 e 5 anos.

Quando os atores foram substituídos pelo cacique Natanael Claudino, que assumiu o diálogo, as crianças não indígenas quiseram saber que tipo de alimento os indiozinhos comem e quais os nomes de cada um. Nesse momento, diante da “vergonha” manifestada pelos curumins, Natanael foi a cada um deles, levantando o braço ou estimulando para que ficassem de pé e se apresentassem.

Para o presidente da SEDUFSM, professor Rondon de Castro, a iniciativa se relaciona à literatura infantil, mas também se vincula à política da entidade de estimular e valorizar a diversidade étnica e cultural. “Veja que é a primeira vez que as crianças indígenas de Santa Maria têm contato com crianças que não são indígenas em uma escola de brancos. Foi uma oportunidade inédita de interação, em que culturas diferentes puderam se misturar, não apenas para ouvirem histórias juntas, mas até mesmo em outras coisas simples, como ocuparem o mesmo espaço na pracinha de brinquedos. Se depender de nós, atividades como essas voltarão a se repetir”, enfatiza Rondon.

Sessão de cinema

Aproveitando a passagem do Dia do Índio, a SEDUFSM promove uma outra atividade inédita nesta quinta (19). Em parceria com a rede de cinemas Arcoplex de Santa Maria, será realizada uma sessão de cinema especial para indígenas da cidade. Será exibido, às 15h10min, o filme “Xingu”, que conta a saga dos irmãos Villas Boas, indigenistas que estiveram à frente do projeto que levou à criação do Parque Nacional do Xingu, extensa área no norte do país na qual diversas comunidades indígenas passaram a viver sob a proteção do estado.

Texto e fotos: Fritz R. Nunes
Assessoria de Imprensa da SEDUFSM

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